Rio - Um elenco milionário sob intensa pressão. Se não vencer o Internacional, domingo, o Flamengo ficará a uma derrota da despedida da última competição que lhe resta no ano. Um fim de temporada prematuro demais para um time que custou quase US$ 30 milhões.
Ainda que as chances na Copa João Havelange existam, a diretoria já repensa o elenco e não há nenhuma cerimônia ao se falar em mudanças no grupo. Até os jogadores contratados a peso de ouro passarão por uma avaliação.
“A avaliação terá que ser feita com a comissão técnica. Assim que a temporada acabar para o Flamengo, vamos conversar com todos. Qualquer um pode ser negociado, principalmente quem quiser sair”, disse o vice-presidente de futebol, Walter Oaquim.
Administrar a pressão sobre o time até o jogo com o Inter, que pode decidir o futuro do Flamengo no ano, é uma enorme preocupação.
“Nosso futuro vai depender muito deste resultado. É um jogo psicologicamente decisivo. Esperava a dificuldade que o time está tendo, mas contava com a classificação. De qualquer forma, estamos montando um time para três anos. Se pudéssemos ganhar logo alguma competição, seria melhor”, afirmou Oaquim.
Ele admite que um dos pontos que deverá ser revisto é o relacionamento entre os jogadores contratados e os formados no clube.
“O Lê é um exemplo. Tenho que conversar com o Zagallo e com o jogador. Se ele continuar sem ser aproveitado, posso emprestá-lo com o passe fixado por um valor bem alto”, disse o dirigente.
Oaquim disse ter recebido uma proposta de um clube europeu por Reinaldo. Ele não revelou o clube, mas a oferta é de US$ 8 milhões. “Nosso elenco está valorizado. O Maurinho tem proposta do Reggina de US$ 1,5 milhão. Roma e Adriano também têm mercado”, disse.