Belo Horizonte - Chega a causar arrepios na torcida o desempenho que o Atlético-MG vem mostrando no segundo tempo dos seus jogos pela Copa João Havelange. Foi assim contra o Santos, Goiás, Fluminense, Cruzeiro e América-MG. Sábado, foi a vez do Juventude, um bom primeiro tempo e os últimos 45 minutos de sofrimento.
Com um rendimento abaixo da crítica, depois de estar vencendo por 2 a 0, a equipe permitiu o empate dos gaúchos, que jogavam com um a menos. Se não fosse o zagueiro Cápria, que marcou dois gols de falta em noite inspirada, mais uma vez os atleticanos teriam saído decepcionados do Mineirão.
“Nosso time aceitou a pressão no segundo tempo. Com vários desfalques, os jogadores que entraram estavam sem ritmo. É normal que o adversário cresça em campo”, tentou justificar o técnico Nedo.
O preparo físico foi questionado pela imprensa: “Não acredito que o problema seja preparo. Contra o Boca a equipe correu muito durante os 90 minutos. Não sei explicar a caída contra o Juventude, talvez, falta de entrosamento”, concluiu o treinador.
O atacante Guilherme mostrou grande descontentamento com a equipe: “É inadmissível o que aconteceu. Fizemos um ótimo primeiro tempo e um péssimo segundo tempo. Não dá para entender. Não adianta apenas correr, tem de correr certo. Nosso time correu errado no segundo tempo, faltou tranqüilidade”.
Guilherme acha que o Atlético poderia estar entre os primeiros classificados na JH: “Não gosto de ficar falando, mas tínhamos potencial para estar entre os cinco melhores classificados no Campeonato Brasileiro. A culpa por estarmos na posição atual é nossa. Volto a frisar, o Atlético tem um dos melhores elencos do Brasil”, finalizou o atacante.
A vitória por 3 a 2 sobre o Juventude alimentou a esperança dos jogadores, que ainda sonham com a classificação com 33 pontos. “Sabemos que é quase impossível, mas, enquanto há vida, há esperança”, disse o meia Cleison.
O Atlético treina neste domingo no período da tarde. Quarta-feira, a equipe jogará contra o Vitória em Salvador.