Brasília - A CPI da Nike irá convidar o presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, para depor. A data ainda não está marcada e os integrantes da comissão poderão deslocarem-se a São Paulo para tomar o depoimento de Farah. Na semana passada, ele anunciou que deixaria o cargo até o fim do ano, mas hoje, no entanto, recuou e deverá continuar no comando da entidade por mais 2 anos. A comissão hoje aprovou também a quebra dos sigilos fiscal e bancário de todas as 27 federações de futebol.
Parlamentares ligados a clubes até tentaram impedir a devassa nas contas das federações. O deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), presidente eleito do Vasco, era um dos que, de início, se opunham à quebra do sigilo, mas acabou mudando o voto. O único que se manteve contrário à essa medida foi o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), irmão do presidente da Federação Gaúcha de Futebol. Perondi queria mais elementos para justificar uma decisão tão "forte".
O relator da CPI, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), explicou que a comissão está investigando como os recursos são administrados no futebol brasileiro e não há condições de se fazer essa apuração sem ter todos os dados disponíveis, incluindo os das federações.
O Banco Central ainda não remeteu à Câmara os dados sobre os sigilos já quebrados pela comissão: os da Confederação Brasileira de Futebol e da empresa Traffic, e os de seus respectivos presidentes Ricardo Teixeira e José Hawilla.