São Paulo - Alguns jornalistas já começam a sentir saudades de Luxemburgo. O técnico Émerson Leão mal chegou e já aplicou linha dura ao assumir o comando da seleção brasileira.
Os jogadores e a comissão técnica, que tinham liberdade com o ex-treinador Wanderley Luxemburgo nos hotéis por onde o time se concentrava, agora foram proibidos de circular.
E não podem dar entrevistas fora dos horários pré-estabelecidos pelo novo comando. Se dependesse apenas da vontade de Leão, nem mesmo a imprensa poderia freqüentar a concentração da seleção brasileira.
Na passagem pela capital paulista, para a disputa contra a seleção da Colômbia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2002, o novo treinador chegou a cogitar de afastar os jornalistas do hotel onde a equipe estava concentrada.
Nos tempos de Wanderley Luxemburgo, os atletas circulavam livremente pelos salões, conversavam com jornalistas, familiares e amigos sem censura.
O técnico e seus assessores gastavam o tempo ocioso embalados em descontraídas conversas com jornalistas e pessoas ligadas ao futebol.
Não raro, participavam de churrascadas e pagodes promovidos por certos setores da imprensa.
Com Leão como técnico da seleção brasileira, o regime é outro. O treinador mesmo não se expõe e nem permite que os atletas passem o tempo conversando com pessoas que não pertencem aos quadros da CBF ou da seleção.