São Paulo - Com a decisão de Bernardinho de aceitar o convite para dirigir a seleção masculina de vôlei, a Confederação Brasileira da modalidade (CBV) tem outro problema para resolver agora: definir o nome do novo técnico para a equipe feminina. Os favoritos para o cargo são Marco Aurélio Motta, William Carvalho, Sérgio Negrão e Carlos Alberto Castanheira, o Cebola.
O presidente da CBV, Ary Graça, diz que a entidade não tem pressa na decisão. Ao contrário da seleção masculina, que precisa ser convocada em fevereiro para a disputa da Liga Mundial, a feminina só deve ser chamada em maio, após o encerramento da Superliga.
Os técnicos e jogadoras encaram a tranqüilidade do dirigente com naturalidade. "A Superliga vai chamar agora todas as atenções", diz a atacante Virna, do Flamengo e titular da seleção na conquista da medalha de bronze na Olimpíada de Sydney. "A ansiedade para saber quem será o novo técnico existe, mas não é nada incontrolável."
Marco Aurélio, William, Sérgio Negrão e Cebola garantem que não receberam convites da CBV para substituir Bernardinho. "Seria uma honra voltar", diz Marco Aurélio, campeão mundial com a seleção brasileira juvenil em 1987 e ex-treinador da seleção italiana. "Estou afastado há algum tempo, mas todos sabem do que sou capaz."
William e Negrão preferem esperar a iniciativa da CBV. "Estou tentando fazer o meu trabalho da melhor maneira possível no MRV e um eventual convite será conseqüência desse trabalho", comenta William, atual vice-campeão brasileiro e campeão paulista.
"A concentração tem de ser total na preparação de seu time", concorda Negrão, do BCN/Osasco e que é tricampeão brasileiro com o Leites Nestlé.
Um dos candidatos ao cargo era Chico dos Santos, assistente de Bernardinho em Sydney. Chico, porém, será o observador da seleção masculina na Superliga, já que Bernardinho cumprirá o restante de seu contrato no Rexona, atual campeão brasileiro feminino.