São Paulo - O técnico Levir Culpi teve seu efeito suspensivo negado nesta quinta-feira, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ficou bastante irritado com a decisão. Com isso, o treinador ficará 40 dias afastado e não vai poder dirigir a equipe do banco de reservas. O pedido, feito pelo advogado do clube, José Carlos de Melo Dias, foi negado no início da noite desta quinta-feira, pelo presidente do STJD, Luís Zweiter.
A decisão desagradou ao treinador, que esperava pelo bom senso dos julgadores e contava com a absolvição. "Futebol é assim, a gente fica 40 dias sem poder trabalhar sem ter dito um palavrão sequer," disse, nervoso. O treinador espera que a justiça seja feita e parem de "proteger os árbitros".
A suspensão foi por causa da discussão entre Levir e o árbitro carioca Léo Feldman, no empate por 1 a 1 com o Internacional de Porto Alegre, no Morumbi. O treinador ficou indignado com a arbitragem na partida e, com isso, o técnico não poderá mais dirigir a equipe nesta Copa João Havelange, já que a pena imposta vai até o dia 23 de dezembro, seis dias após a decisão da competição.
"As coisas no Brasil são assim, os juízes fazem o que querem, continuam "apitando" e não são cobrados. Espero que a justiça seja feita e caia em cima dele (Léo Feldman)." Apesar de suspenso, Levir promete continuar trabalhando e procura empolgar seus jogadores, para atuarem bem e vencerem o Vasco, pois ainda sonha em classificar nas primeiras colocações para ter vantagem nas fases de mata-mata. "Vencer o Vasco no Rio será difícil, mas nossa idéia é a de classificar na melhor posição possível para termos a vantagem de decidir em casa."
Apesar de complicada a situação na tabela, Levir pretende que o São Paulo chegue entre os quatro para pegar equipes teoricamente mais fracas. "Enfrentar times que vem dos módulos B e C do Brasileiro facilitaria o nosso trabalho."
Sonho - Deixando de lado a suspensão, Levir disse que a contratação do meia Raí seria um sonho que gostaria que se tornasse realidade. O técnico porém, desmentiu que a idéia de trazer o jogador de volta ao Morumbi foi sua. "Todos pretendiam que ele voltasse, desde o pessoal do barzinho da esquina até membros da diretoria." A carisma do jogador seria um dos motivos de sua volta. "Ele é experiente e respeitado, todos gostam dele e eu ficaria muito contente em trabalhar novamente com o Raí", completou o treinador.
Mágoa - Revelado no Vasco, clube que defendeu por 14 anos, o lateral-direito Pimentel quer mostrar a pessoas do ex-clube, na partida deste domingo, que não deveriam tê-lo mandado embora.
Dispensado do clube carioca após discutir com membros da diretoria - que prefere não dizer o nome - o jogador sente uma mágoa pela forma com que foi tratado e diz-se disposto a "retribuir" o tratamento que recebeu dentro de campo. "Sempre me dediquei no Vasco, sendo um ídolo da torcida e não recebi o reconhecimento pelo meu trabalho, isso chateia." Se confirmado por Levir, na equipe titular, no domingo, promete muita dedicação e a vitória ao Tricolor.
Baixas - No treino de hoje, o meia Carlos Miguel e o atacante Ilan saíram contundidos. Miguel sentiu uma fisgada na coxa esquerda e Ilan tomou uma rasteira do zagueiro Wilson. Como Sandro Hiroshi está suspenso, Levir não terá atacantes no banco de reservas.