Porto Alegre - Quando dirigentes e jogadores do Grêmio souberam que o adversário das oitavas-de-final será a Ponte Preta, uma convicção foi aparecendo em cada frase: a de que o Grêmio não pode pensar em ir para a partida de volta, em Campinas, sem conquistar boa vantagem em casa.
A mobilização começou. Nesta segunda deverá sair a decisão sobre a manutenção de ingressos populares, a exemplo dos jogos contra Atlético-PR e Vasco. Zinho chegou a dizer que, mesmo considerando a Ponte um rival duríssimo, o time terá de pensar em saldo de gols.
"Agora é hora do algo mais. Eles têm o Mineiro e o Fabinho que marcam e saem para o jogo. E na área o Washington faz o pivô com eficiência. É difícil, mas precisamos sair de Porto Alegre em vantagem", justificou.
O zagueiro Marinho lembrou do empate em 2 a 2 com a Ponte na primeira fase. O Grêmio saiu na frente, mas a equipe do técnico Nelsinho Batista reagiu e podia até ter vencido não fosse uma ótima atuação do goleiro Danrlei. Rodrigo Mendes salientou que a Ponte é um time maduro, que se classificou por antecipação.
O presidente José Alberto Guerreiro disse que o Grêmio, pelos investimentos que fez no futebol, por enquanto cumpriu sua obrigação ao se classificar.
"Vamos ligar a patrola no Olímpico. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", arrematou o vice de futebol Antônio Vicente Martins, usando os versos de Geraldo Vandré, símbolo da resistência à ditadura militar nos anos 60 e 70.