Brasília - Começou no início da tarde desta terça-feira o depoimento do técnico Zagallo na CPI da Nike, na Câmara dos Deputados. O ex-treinador da seleção brasileira, atualmente no Flamengo, pediu a palavra e questionou o presidente da CPI, deputado Aldo Rebello (PC do B-SP), sobre a autenticidade de uma reportagem que Rebello revela que Zagallo e Wanderley Luxemburgo tenham escrito uma carta contra a CPI.
Na hora, Rebello rebateu dizendo que Zagallo estava na CPI na condição de depoente e não de inquisidor. O deputado disse ainda que recebeu uma carta assinada por Zagallo, que apresentava argumentos contra a instalação da CPI. Então, o ex-técnico da seleção se exaltou: "Quero ver quem é que tem moral aqui dentro. Não escrevi esta carta e quero ver alguém mostrar ela aqui. Não sou desonesto. Querem que eu fique calado diante das coisas que estou ouvindo?"
O deputado Eduardo Campos (PSB-PE) pediu a palavra e condenou Zagallo: "Nós temos moral sim, para indagarmos quem quisermos. Vamos nos respeitar até o final, por favor. Não vou permitir qualquer tipo de manobra para estancar a apuração".
Depois disso, a sessão se acalmou.