São Paulo - O acerto da parceria com uma grande empresa, que era uma das prioridades do presidente do São Paulo, Paulo Amaral, no início do ano, não acontecerá mais, pelo menos até o começo do segundo semestre de 2001. Primeiro porque as multinacionais estão preocupadas com a extinção do passe, uma das principais fontes de renda das empresas que investem no futebol; depois, porque a própria diretoria tricolor não demonstra pressa em fechar o contrato.
Em setembro, Paulo Amaral chegou a conversar com diretores de duas empresas, mas o negócio "esfriou". Atualmente, o Tricolor não tem nenhuma proposta para parceria. Dentro de um mês, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) vai entregar um relatório de avaliação ao São Paulo, constando detalhes sobre patrimônio, estrutura e as vantagens de investir no clube.
Depois disso, apenas no início do próximo ano os dirigentes voltarão a pensar na parceria, assunto morto nos últimos meses. "Ainda vai demorar um tempo, porque primeiro queremos ver essa avaliação da FGV", comentou Paulo Amaral.
O São Paulo vai seguir o modelo de trabalho usado pelo Palmeiras em 2000. Montar um time barato, sem grandes estrelas, prestigiando os atletas formados "em casa’’. Amaral já avisou que não vai pagar caro pelo passe de nenhum jogador e a solução para trazer alguns de maior expressão será por meio de trocas ou empréstimos. Embora garanta estar satisfeito com o trabalho de Levir Culpi, o treinador será mantido no cargo apenas se conquistar a Copa João Havelange.
Mesmo assim, Amaral garante que não fez nenhum contato com outros técnicos. "Ouço falar que podemos trazer o Dario Pereyra, o Nelsinho Baptista ou o Wanderley Luxemburgo. Em nenhum momento conversei com eles", afirmou. "Jamais faria isso em plena reta final de campeonato, ainda mais tendo um técnico com contrato em vigor."