São Paulo - A contratação de um supervisor passou a ser prioridade no Corinthians. As diretorias do Alvinegro e da Hicks Muse chegaram à conclusão que será necessário ter um profissional, sem ligações políticas no clube, para exercer as funções do diretor de Futebol.
Um dos nomes cogitados para o cargo foi o de José Carlos Brunoro, ex-diretor de Futebol da Parmalat durante um período da co-gestão da empresa com o Palmeiras. "Não fui procurado por ninguém para trabalhar no Corinthians", disse nesta terça-feira. Ele não quis antecipar se caso fosse convidado aceitaria ou recusaria a proposta. "Não posso falar por hipótese."
O vice-presidente do Corinthians, Antônio Roque Citadini, não quis confirmar se Brunoro foi procurado pelo clube. "O Brunoro está rico, não precisa trabalhar’’, limitou-se a dizer.
O dirigente explicou que a contratação do supervisor é o primeiro passo para a reformulação que deverá ser adotada no clube. "O treinador terá exclusivamente a preocupação de treinar e escalar o time", disse Citadini, sem garantir se a chegada do supervisor vai tirar um pouco do poder do técnico.
Ele afirmou, porém, que as decisões da comissão técnica sobre contratação ou dispensa de jogadores serão discutidas com o supervisor, que levará o assunto para a diretoria. Isso significa que o cargo do diretor de Futebol poderá ser extinto.
Carlos Nujud, atualmente no cargo, poderá ocupar outras funções. Ele é uma pessoa ligada ao presidente Alberto Dualib. Uma das primeiras missões do supervisor será definir o futuro do zagueiro João Carlos, afastado do elenco por indisciplina.
A situação de Marcelinho Carioca também é um problema. O jogador tem mais três anos de contrato com o Corinthians, mas está revoltado com parte da torcida. Por isso, não afasta a possibilidade de transferência para o Cruzeiro.