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Reabilitados do Inter entram em campo contra o Atlético-PR
Quarta-feira, 22 Novembro de 2000, 09h21
Atualizada: Quarta-feira, 22 Novembro de 2000, 09h21

Porto Alegre - Eles passaram por experiências nada agradáveis no Internacional. Alguns conheceram a vaia, foram retirados de campo em pleno jogo ou mesmo esquecidos na reserva. No entanto, terminaram a primeira fase do campeonato como titulares do time que inicia a nova fase contra o Atlético-PR, às 20h30, no Beira-Rio.

A classificação reabilitou não apenas a imagem do Inter, mas a de atletas como Marcelo, Rodrigão, Hiran, Leandro Guerreiro e Denílson, hoje peças importantes do time. Eles próprios atribuem a evolução ao crescimento da equipe.

Um dos mais surpreendentes casos de ressurreição é o de Denílson. Um dos maiores salários da equipe, o lateral-direito foi emprestado em março para a Portuguesa e, quando voltou, no segundo semestre, estava fora dos planos. Nem foi inscrito no Brasileirão. Enquanto Barão e Márcio Goiano disputavam a posição, Denílson só treinava. O clube tentou vendê-lo para o Vitória de Guimarães, sem sucesso.

Voltou ao time contra Portuguesa e Bahia, em outubro, e desde então virou titular.

"Foi um período difícil, mas consegui me firmar e não quero mais perder a posição", diz o jogador.

Os volantes Leandro Guerreiro e Marcelo passaram por situações semelhantes. Guerreiro, contratado em 1999 do São Luiz, de Ijuí, era admirado pelos treinadores Valmir Louruz e Émerson Leão, mas alternava boas atuações com a reserva. Só entrava no time quando Enciso não jogava.

"Todo o time estava mal, não tive como evoluir", declara Guerreiro.

Ele voltou ao time na primeira vitória do Inter na competição, contra o Botafogo, em 13 de agosto. Atualmente, é Guerreiro quem deixa Enciso no banco.

Já Marcelo viveu um período inicial de amargar. A simples menção de seu nome pelos alto-falantes arrancava vaias. Quando o Inter perdeu de virada para a Portuguesa, no Canindé, depois de estar vencendo por 2 a 0, foi sacado do time, mas voltou, jogou muito contra o Sport, na Ilha do Retiro, e se reabilitou.

"A ajuda dos companheiros foi fundamental quando a torcida pegava no meu pé", explica Marcelo.

"É a comissão mais chata com quem já trabalhei, eles cobram mesmo, mas é a mais correta", define Hiran, ele próprio um jogador cujo futebol evoluiu depois de chegar ao Inter, vindo da Matonense. Virou ídolo e proporcionou lances exóticos: cobrou falta no Gre-Nal e deu uma bicicleta contra o Atlético-PR, o adversário desta quarta.

Zero Hora


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