São Paulo - É a juventude do time que está fazendo do Palmeiras uma equipe veloz, vibrante e demolidora dos adversários. Tal afirmação vem ganhando destaque sempre que o time palmeirense é analisado. Mas, nesta sexta-feira, o preparador físico do clube, Carlos Pacheco, contestou aqueles que pensam assim.
"Prefiro dizer que é o trabalho que faz do Palmeiras um time pegador e de muita garra e não a juventude como apregoa a maioria dos comentaristas". O preparador físico lembra que o time alviverde tem jogadores jovens, como o Taddei, Flávio e Juninho. Mas, em seguida, lembra que "o Palmeiras também conta com a experiência do Fernando, Sergio, Galeano, Basílio, Tuta, Arce, Turra e Gilmar".
Carlos Pacheco que, neste final de ano vai completar dez anos de clube, sendo que boa parte deles trabalhou preparando o time para Scolari, este sim sempre o alvo das atenções. "Nunca me zanguei por isso", afirma Pacheco.
Tímido, de poucas palavras e longe de querer fazer lobby com jornalistas para aparecer nos jornais, Pacheco explica que o Palmeiras corre em campo, com garra e vontade, em virtude do trabalho integrado do departamento físico com o de fisiologia do clube.
"Meu estilo de preparar o time é voltado para a ciência. Em nosso departamento, trabalham dois fisiologistas que são doutores na Escola Paulista de Medicina, que são o Paulo Zogaib e Ivan Piçarro. Temos o raio X de cada atleta, tudo bem controlado. Sei, por exemplo, qual a necessidade de exercício que cada jogador precisa. Muitas vezes o mesmo exercício não pode ser ministrado para todos, e isso resulta num melhor rendimento do grupo", ensina o preparador físico palmeirense, que tenho como sonho servir um dia a seleção brasileira. "Mas por merecimento e trabalho. Não sei fazer lobby".