Atenas - O presidente da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a Olimpíada de Atenas, o belga Jacques Rogge, garantiu ontem estar satisfeito com os progressos da organização do evento nos últimos sete meses, mas advertiu, mais uma vez, que "não há tempo a perder". Depois de três dias de reuniões com os integrantes do Comitê Organizador dos Jogos 2004 (Athoc), Rogge disse que o "êxito da competição está nas mãos do governo grego e de seu povo" e, após ver a evolução do trabalho, confia em que "tudo sairá muito bem".
Rogge acrescentou que os preparativos gregos estão agora na mesma fase em que estavam os de Sydney há quatro anos. O COI recebeu informações de entidades internacionais de que as empresas de construção gregas têm capacidade para terminar a tempo todas as obras.
Foi a quinta visita da comissão a Atenas, desde que a cidade foi designada como sede dos Jogos, em 1997. De lá para cá, muitos problemas surgiram e a execução de vários projetos de infra-estrutura, legal e administrativo atrasou. O COI, por meio do presidente Juan Antonio Samaranch, chegou a ameaçar retirar a competição da Grécia
O dirigente qualificou de positivo o clima no Athoc, comandado pela empresária Yanna Angelopulu-Daskalaki, e declarou que o trabalho está "dinâmico, flexível e eficaz", funcionando em "perfeita harmonia com o governo grego".
Retorno - O emissário do COI afirmou que a chave do êxito se encontra na "humildade" e no apoio de todos os cidadãos do país. Ele lembrou também o caráter histórico dos Jogos de 2004, por causa da relação da Grécia com o evento na Antiguidade e na Era Moderna (Atenas foi sede da primeira olimpíada, em 1896).
O belga disse que os projetos apresentados pelo Athoc e pelos diversos ministérios do governo são "realistas" e "factíveis". O Ministério de Obras Públicas anunciou que o cronograma de construção de cinco sedes esportivas está adiantado quatro meses e os prédios ficarão prontos em janeiro de 2004.
A presidente do Athoc expressou a certeza de que os Jogos serão um sucesso e um acontecimento "diferente" e "único" por causa dos antecedentes históricos de um evento que "retorna à sua pátria".