Lisboa - A nova geração de talentos do tênis mundial - formada por jogadores como Gustavo Kuerten, Marat Safin e Magnus Norman - ameaça pôr um fim no reinado de estrelas como Pete Sampras e Andre Agassi. Esta guerra de gerações vai marcar a disputa do Masters Cup de Lisboa, torneio que reúne esta semana os oito melhores da temporada de 2000.
Uma amostra desta renovação é que, pela primeira vez desde 1991 - com o sueco Stefan Edberg - a posição de número 1 do mundo no encerramento de uma temporada deverá deixar de estar nas mãos de tenistas norte-americanos. As maiores chances de conquista da liderança do ranking estão com Safin e Guga.
Além destes dois tenistas, outros dois têm chances matemáticas de terminar o Masters Cup de Lisboa como número 1 do mundo: o sueco Magnus Norman e o norte-americano Pete Sampras, mas ambos teriam de contar com resultados improváveis. Safin e Guga não poderiam ganhar um jogo sequer na competição enquanto Norman e Sampras precisaram conquistar o título, sem perder nenhuma partida.
Safin é o jogador com maiores chances de encerrar o ano como número 1. Para isso, basta chegar à final e mesmo que não venha a conquistar o título ainda assim iria assegurar a liderança. Guga, 75 pontos atrás do russo, tem chances razoáveis. O brasileiro precisaria derrotar Safin nas semifinais e conquistar o título para chegar ao topo do ranking.
Dúvidas - Sem jogar desde a final do US Open, a participação de Sampras na competição é um mistério. Ninguém arrisca um palpite sobre suas possibilidades e com sua ida a Lisboa, o tenista norte-americano passa a ser o único jogador da história a participar do Masters desde 1990. Já ganhou cinco títulos desta competição.
Enquanto isso, o australiano Lleyton Hewitt, com um problema de alergia, poderá abrir mão da competição - pretende dar prioridade à disputa da final da Copa Davis diante da Espanha. Se realmente desistir do Masters, ele será substituído pelo sueco Thomas Enqvist. Nesse caso, o inglês Tim Henman seria convocado para ficar como reserva.
Pontos e prêmios - Safin será o cabeça-de-chave número 1 do Masters, liderando o grupo vermelho, enquanto Guga fica à frente do verde. Os tenistas 3 e 4 (Norman e Sampras); 5 e 6 (Yevgeny Kafelnikov e Hewitt); 7 e 8 (Alex Corretja e Agassi) serão sorteados em pares.
Na primeira fase da competição, os tenistas participam de um round robin - todos contra todos - dentro de seus grupos. Os dois primeiros colocados passam para as semifinais, cruzando o primeiro de uma chave com o segundo da outra em jogos eliminatórios. Os vencedores decidem o título em uma partida em melhor de cinco sets. Todas as outras serão em melhor de três.
Cada vitória na fase de classificação - round robin - vale 20 pontos para o ranking e rende um polpudo cheque de US$ 120 mil. Nas semifinais, os vencedores somam 40 pontos e embolsam US$ 370 mil e o campeão leva mais 50 pontos e US$ 700 mil. O campeão invicto pode chegar a 150 pontos e levar o impressionante prêmio de US$ 1,520 mil.