Porto Alegre - A Europa está de olho em Lúcio. Depois do Bayer Leverkusen, que teria oferecido US$ 8 milhões pelo zagueiro, foi a vez do também alemão Bayern de Munique e da Inter, de Milão, observarem seu futebol. Os dois clubes enviaram representantes a Curitiba para conferi-lo em ação.
O Bayern estava representado por Wolfgang Grabe, dirigente do clube. Já a Inter mandou para Curitiba ninguém menos que o ex-craque Alessandro Altobelli. Observador oficial do time italiano, Altobelli hospedou-se no mesmo hotel do Inter. Fechou sua conta no sábado, por volta das 14h, e deixou o local acompanhado de Antônio Carletto, diretor de futebol do Atlético-PR.
O italiano observou também no sábado o volante Marcos Vinícius e o zagueiro Gustavo, do Atlético-PR. Aos 45 anos, o ex-atacante Altobelli ainda mantém a mesma aparência dos tempos em que era goleador da Inter, de Milão. Como todo o dirigente europeu, evitou a imprensa. Vestindo calça jeans, camisa no mesmo tom e usando um boné vermelho da griffe R9, do craque Ronaldo, foi abordado por ZH quando deixava o hotel. Educadamente, recusou-se a falar.
"Não falo", limitou-se a dizer.
No estádio Arena, no entanto, não escapou do cerco da imprensa. Então, desfiou elogios a Lúcio, a quem conhecia como “zagueiro da seleção brasileira”. "É um jogador “bravo”, muito “bravo”, repetia.
Altobelli chegou a Curitiba na quarta-feira. Assistiu ao jogo do Cruzeiro contra o Malutrom, na quinta-feira e, sábado, foi ao Arena da Baixada. Acomodou-se no camarote A2 do estádio para acompanhar a partida. Campeão mundial em 1982, como reserva de Paolo Rossi, e principal jogador da Azzurra na Copa de 1986, no México, Altobelli assumiu como observador da Inter neste ano.