Porto Alegre - O meia colorado Elivélton não tem dúvida: a torcida do Cruzeiro pode ajudar o Inter, sábado, no segundo jogo das quartas-de-final, em Belo Horizonte. De acordo com o jogador, que atuou pela equipe mineira durante um ano e meio, a torcida cruzeirense só espera o relógio marcar 15 minutos para “pegar no pé” do time, se o gol não sair.
Felipão que o diga. Ainda pelas oitavas-de-final, na segunda partida contra o Malutrom, no Mineirão, quando as equipes empatavam em 1 a 1, o Cruzeiro administrava a vantagem de poder perder por até dois gols de diferença, mas a torcida não se conteve e orquestrou uma sonora vaia. Irritado, Felipão desabafou depois daquela partida.
“A torcida está insatisfeita comigo? É só pedir para a direção me mandar embora. Posso garantir que existem 300 times querendo me contratar”, afirmou o ex-técnico do Grêmio.
Para Elivélton, a torcida que tem perturbado Felipão pode jogar a favor do Inter.
“Esta é uma arma muito forte para o nosso time”, falou o meia, que começa a se acostumar com o comportamento do torcedor colorado no Beira-Rio, bem diferente da atitude mostrada pelos mineiros.
Nesta quarta-feira, tão logo o árbitro encerrou a partida, os torcedores do Inter, debaixo de muita chuva, cantaram palavras de incentivo e aplaudiram a equipe de Zé Mário, que acabara de conseguir um resultado apenas razoável, um empate com o Cruzeiro por 1 a 1.