Porto Alegre - O Internacional e a sua torcida havia tempo não estavam tão bem. Mesmo debaixo da chuva que parecia uma cortina de gaze caída sobre o Beira-Rio, 42 mil pessoas foram ao estádio na quarta-feira, vaiaram o Cruzeiro e, ao final, apesar do empate em 1 a 1 e da desvantagem para o jogo da volta, aplaudiram a garra do time.
Em reconhecimento ao apoio, os jogadores partem nesta sexta-feira para Belo Horizonte e se dizem dispostos a retribuir ao torcedor com a classificação.
O lateral-esquerdo Dênis, que antes de se transferir para o Inter, em julho, já havia passado pelo Palmeiras e até pelo Juventude campeão da Copa do Brasil, resumiu o sentimento do Beira-Rio ao contemplar a torcida sob a chuva.
"Foi o momento mais emocionante da minha carreira como atleta. Não apenas pela presença do torcedor, mas saber que havia mais de 40 mil pessoas e que ao final do jogo todas reconheciam nosso trabalho. Emociona mesmo", disse ele.
Para retribuir o apoio, o Inter vai a Minas com a difícil tarefa de eliminar o time de melhor campanha na competição.
"Precisamos avançar contra eles e marcar, essa é a diferença do jogo contra o Atlético. Empate com gols até pode nos classificar, mas não podemos tomar o primeiro gol, porque senão eles se fecham. Temos de marcar primeiro", analisou o volante Marcelo, um dos melhores do Inter na partida contra o Cruzeiro.
Fiel a seu estilo persistente, o técnico Zé Mário mantém a escalação com que iniciou o jogo contra o Cruzeiro. A única mudança é o zagueiro Ronaldo, de retorno ao time depois de cumprir suspensão pela expulsão no jogo contra o Atlético-PR. Volta para compor a dupla de zaga com Lúcio.