Belo Horizonte - O comportamento da torcida do Cruzeiro no jogo deste sábado à tarde com o Internacional, no Mineirão, pelas quartas-de-final da Copa João Havelange, pode ser decisivo para a equipe mineira, segundo avaliam jogadores e comissão técnica. O treinador Luiz Felipe Scolari, que criticou as vaias dos torcedores no empate por 1 a 1 com o Malutrom, ainda pelas oitavas-de-final da competição, espera manifestações de apoio ao time do início ao fim da partida.
Scolari comentou declarações do ponta Elivélton, do Inter, que atuou no Cruzeiro. O jogador disse que, caso o time mineiro não marque gol nos 15 ou 20 minutos iniciais, a exigente torcida começa a jogar contra os cruzeirenses, o que seria uma tradição em Belo Horizonte.
"Se o Elivélton falou isso, é porque jogou aqui e acha que conhece a torcida", disse Scolari. "Mas sabemos também que os torcedores podem jogar a favor o tempo todo, se quiserem, e é isso que esperamos que aconteça", afirmou.
O meia Sérgio Manoel também destacou a importância da participação do público para que o Cruzeiro obtenha uma vitória ou até mesmo empate por 0 a 0, o que o classifica para as semifinais da competição. "A hora é de reconciliação", disse o jogador, referindo-se aos apupos ao time, no segundo confronto com o Malutrom. "Tenho certeza que a torcida vai unir forças conosco", completou.
Scolari terá apenas um desfalque contra o Inter. O goleiro Fabiano, que atuou no empate por 1 a 1, em Porto Alegre, não se recuperou de um estiramento na coxa e deve ficar parado por 10 dias. Com isso, o garoto Jéfferson ganha nova chance. O restante da equipe deve ser o mesmo do primeiro jogo. O técnico do Cruzeiro não quis adiantar a tática escolhida para enfrentar o colorado. O mais provável, no entanto, é que a equipe, à qual interessa o placar sem gols, tenha uma postura bastante defensiva, com forte marcação na intermediária e ênfase nos contra-ataques.