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Surfistas de Cristo levam título brasileiro de duplas
Domingo, 03 Dezembro de 2000, 14h11
Atualizada: Segunda-feira, 04 Dezembro de 2000, 11h43

São Paulo - Mostrando ainda estarem em excelente forma, o paulista de Santos Jair de Oliveira e o baiano radicado em Guarujá Jojó de Olivença garantiram neste domingo o inédito título brasileiro de surfe profissional em duplas. A vitória foi conquistada na 3ª e última etapa da Copa Ford Courier de Surfe, realizada na praia de Itamambuca, em Ubatuba, que teve ondas excelentes de até 1,5 metro.

Como prêmio eles ganharam uma pick-up Ford Courier Zero km e ainda R$ 4 mil pelo primeiro lugar na disputa do final de semana.

A comemoração não poderia ser melhor. Os dois tiveram um desempenho exemplar na final e ainda derrotaram os ubatubenses Tadeu Pereira e Odirlei Coutinho, que tinham a vantagem de surfar em casa e o conhecimento do "pico". Na verdade, a dupla campeã é um trio. Isso porque conforme a regra permitia, a equipe podia contar com um "alternate" (reserva) em caso de falta ou contusão de um dos titulares.

Na 1ª etapa Jojó, que tem 33 anos, estava machucado e foi substituído pelo potiguar de Natal Joca Júnior, de 31. Nessa última fase Joca voltou do Havaí para ajudar a equipe. Mas na última hora Jair, 30 anos, e Jojó foram os escolhidos para competir. A equipe, que foi orientada pelo experiente técnico Chico Paioli, tem um currículo respeitável. Jair é tricampeão paulista profissional. Jojó é bicampeão brasileiro e integrou por oito anos o WCT (a elite do surfe mundial). Joca já foi campeão brasileiro, este ano terminou como 3ª melhor do país no Super Surf e está voltando ao WCT em 2001.

"Esse time ficou conhecido como o ‘quatro Jota’. Todos nós somos surfistas de Cristo. Então ficou Jair, Jojó, Joca e Jesus", brincou Joca Júnior. "Este título foi muito importante porque as quatro melhores duplas chegaram nas fases finais e não havia favorito. Deus mandou as ondas. Sem ele não conseguiriámos essa vitória. Não vou nem querer os méritos para mim, porque casca grossa é Jesus, que morreu na cruz por um monte de pecadores", festejou Jair, que ganhou este nome em homenagem ao "Furacão" da Copa de 70, o atacante Jairzinho. "Eu estava precisando muito desse título. Estou investindo na minha carreira e pretendo começar 2001 por cima. Vou continuar forte tentando o tricampeonato brasileiro profissional", afirmou Jojó.

Nesta última etapa, oito duplas tinham chances de faturar o circuito e o carro. Já nas quartas-de-final, os então líderes – os pernambucanos Paulo Moura (novo brasileiro no WCT) e Sávio Carneiro – tiveram uma briga equilibrada contra os cearenses Lucinho Lima Claudemir Lima. A vitória foi por apenas 0,45 ponto. Já na semi, ficaram as quatro melhores duplas do ranking, prometendo fortes emoções.

Na primeira bateria, Paulinho e Sávio pegaram os campeões. A bateria foi a mais disputada do evento, e Jair e Jojó venceram por 2 pontos. Na segunda semifinal, Tadeu e Odirlei tiveram mais tranqüilidade para superar os cariocas da nova geração, Marcelo Trekinho e Fabiano Passos. Na decisão, Jair e Jojó praticamente não eram chances aos donos da casa. Eles começaram bem, abrindo mais de dez pontos de vantagem. Os ubatubenses esboçaram uma reação. Porém, no meio da bateria, Jair e Jojó voltaram a liderar com folga. Jair conseguiu as duas melhores ondas da final: um 8,25 e um 7,25. Jojó também teve ondas ótimas: um 7,80 e um 7,0.

No final os campeões somaram, nas seis melhores ondas, 42,80 pontos, contra 33 de Tadeu e Odirlei. O próprio Tadeu, que este ano chegou forte em todos os campeonatos que disputou, reconheceu a superioridade dos vencedores: "Infelizmente eu não surfei bem na final. Mesmo assim, Jair e Jojó fizeram ondas excelentes. Acho que tive um ano positivo e não posso reclamar de nada".

No ranking final, Jair, Jojó e Joca marcaram 2.340 pontos. Eles começaram com um 5° lugar no Rio de Janeiro, ficaram em 3ª em Salvador e comemoraram com a vitória em Ubatuba. Paulo Moura, Sávio Carneiro e o sergipano Romeu Cruz (alternate) somaram 2.230. Tadeu e Odirlei ficaram apenas dez pontos atrás. Em 4ª lugar terminaram Trekinho e Fabiano, com 2070. Ainda na etapa o carioca Bruno Santos faturou a Wagon Best Wave, um prêmio especial de R$ 800 para a melhor nota onda do final de semana, um 9,0.

A última etapa da Copa Ford contou com uma novidade: a disputa G-Zero de Longboard. Os vencedores foram o campeão brasileiro profissional de 99, Olimpinho (baiano radicado no Rio de Janeiro) e o atual campeão paulista amador, Jaime Viúdes, de Itanhaém. Na final eles derrotaram o experiente Picuruta Salazar, de Santos, e a revelação Danilo Rodrigo, de Guarujá. Depois de dominarem a bateria, os vencedores por pouco não perderam o título. No último minuto Picuruta tirou um 6,65 mas logo em seguida Olimpinho liquidou a fatura com um 7,80. Em 3° ficaram as duplas formadas pelo carioca Eduardo Bagé com o guarujaense Alex Peixe e o carioca Phil Rajzman com o guarujaense Marcelinho do Tombo.

"O sucesso deste ano já garantiu a Copa Ford para 2001, e com certeza teremos mais novidades", afirmou o idealizador e organizador do evento, Paulo Issa, que realiza campeonatos de surfe desde o início da década de 70. O circuito brasileiro de duplas teve o patrocínio da Ford – uma das duas maiores montadoras do mundo –, com apoio de Wagon, Hardcore e G-Zero. A etapa teve supervisão da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp)e colaboração da Prefeitura de Ubatuba.

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Redação Terra


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