São Paulo - Levir Culpi confessa que saiu do São Paulo magoado. Os dias de descanso depois de seu desligamento do clube deram tempo para o treinador concluir que seu trabalho não foi devidamente valorizado. “Minha saída já estava definida pela diretoria dois meses antes do fim da Copa João Havelange.”
A proposta de salário reduzido a metade, segundo Levir, nem chegou a ser feita. O técnico diz ter sido informado extra-oficialmente do caso e preferiu sair. Levir considera que o São Paulo não soube avaliar o custo-benefício de sua permanência. “A gente até admite abaixar o ordenado, dependendo da situação do clube, mas isso não se aplica ao São Paulo.”
Ele lembra que durante sua passagem pelo Tricolor vários atletas da equipe foram valorizados, rendendo dinheiro na venda do passe. Além disso, o grupo conseguiu bons resultados em todas as competições que participou, conquistando inclusive o Campeonato Paulista.
Com a retrospectiva, Levir também teve seu momento de “mea culpa”. “Acho que o maior erro que cometi foi com Bastos Neto”, disse o treinador. Apesar de ainda não concordar com as criticas do ex-presidente são-paulino ao seu trabalho, o técnico admitiu que exagerou chamando o dirigente que o trouxe para o clube de burro. “Fui grosseiro, e gostaria de pedir desculpas publicamente.”
Imagem – Levir diz estar preocupado com sua imagem, especialmente no caso de sua transferência para o Corinthians ainda durante a participação do São Paulo na Copa João Havelange. “Nunca houve nada, nenhum contato.” Levir diz não saber a origem da informação.
Segundo o técnico, o problema criou um clima de instabilidade na equipe em um momento decisivo. “Não sei se isso foi feito para me atingir ou ao São Paulo, mas o fato é que o caso acabou me prejudicando