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Seleção de futsal volta ao Brasil juntando os cacos da derrota
Terça-feira, 05 Dezembro de 2000, 21h18

Rio - Com a derrota por 4 a 3 para a Espanha pesando nabagagem, a Seleção Brasileira de Futsal desembarcou no Brasil na manhã desta terça-feira, depois da disputa do Mundial da Guatemala. As conquistas nas premiações individuais amenizaram um pouco e decepção, mas não esconderam a tristeza no olhar dos jogadores e da comissão técnica.

Manoel Tobias foi o grande destaque da equipe, recebendo dois prêmios: A Bola de Ouro, por ter sido eleito pela segunda vez o melhor jogador do mundo - a outra foi no Mundial da Espanha em 1996; e a chuteira de Ouro, como o artilheiro isolado da competição com 19 gols. O fixo Schumacher foi escolhido o segundo melhor jogador do mundo e abocanhou a Bola de Prata, além da Chuteira de Bronze, por ter sido o terceiro maior goleador da disputa.

Vice-artilheiro com 11 gols, o pivô Vander Carioca ganhou a Chuteira de Prata.

Apesar das importantes conquistas no Campeonato Mundial da Guatemala, todos afirmaram que trocariam seus títulos pelo hexacampeonato da competição. “Fiquei triste porque não consegui o tricampeonato com essa geração, diferentemente das duas últimas (Hong Kong em 1992 e Espanha em 1996). O título foi decidido nos detalhes e, além disso, não atuamos bem. É hora de botar a cabeça no lugar e começar os preparativos para daqui a quatro anos. A derrota tem um aspecto bom para que seja incluída nas Olimpíadas, para a modalidade ter maior divulgação e projeção, como Portugal, Egito e Rússia já conseguiram mostrar. Seria uma hipocrisia dizer que não tive felicidade, porém ela não foi completa. Trocaria meus dois prêmios pelo hexa”, disse Manoel Tobias.

Vander Carioca agradeceu a oportunidade de disputar a competição, mesmo não que não estivesse passando por uma boa fase em seu clube, o Flamengo. “Não esperava nem ser convocado, pois o Flamengo e eu, inclusive, não estávamos bem. Trabalhei muito, mas o sonho não se transformou em realidade. Se pudesse trocaria a Chuteira de Prata pela medalha de ouro. Sonhei muito com isso e a vice-artilharia foi um consolo pelo que fiz. Essa geração está marcada pela perda do título e vamos ter de esperar mais uma competição dessas para dar a volta por cima. Vou ficar ainda sem dormir algumas noites e espero que estes quatro anos passem voando para estar no próximo mundial”, afirmou Vander Carioca.

Para Schumacher, o Mundial foi importante pois acha que conquistou a confiança do técnico Vander Iacovino, mesmo com o resultado não sendo o esperado. Ele confessou que aguardará com ansiedade o próximo encontro com os espanhóis. “Cheguei na reserva e infelizmente passei a titular por uma contusão do André. Nunca esperei ser escolhido como o segundo melhor jogador do mundo e fiquei muito surpreso. Sei que fui bem, mas tive a ajuda de todos os companheiros. Preferia estar no degrau mais alto do pódio em vez da premiação individual. Estes próximos quatro anos vão ser com a Espanha atravessada na garganta”, finalizou Schumacher.



L!Sportpress


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