Brasília - O empresário J. Hawilla negou nesta quinta-feira na CPI do Futebol, no Senado, que tivesse sociedade com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, mas admitiu aos senadores que liga para ele diariamente. Essa resposta de Hawilla levou o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) a pedir a quebra do sigilo telefônico de Ricardo de Teixeira e de Hawilla, no período de janeiro de 1989 a dezembro de 2000.
O requerimento ainda não foi votado pela falta de quorum de senadores. Para que haja a decisão sobre a quebra do sigilo é necessário a confirmação de cinco parlamentares, e somente três estão presentes na CPI. São eles, o presidente da CPI, Álvaro Dias (PSDB-SP), o relator Geraldo Althoff (PFL-SC) e Paes de Barros.
Hawilla afirmou ainda que o contrato que a CBF mantém com a Nike é o que melhor uma seleção do mundo poderia conseguir.
Sobre o prejuízo registrado no balanço da Traffic de 99, no valor R$ 18,23 milhões, Hawilla atribuiu ao investimento de R$ 26,6 milhões que a empresa fez na TV Bandeirantes de São Paulo.
Questionado pela Comissão, Hawilla disse que durante os seis últimos anos Hawilla nunca contribuiu para campanhas eleitorais a não ser nas eleições municipais de 2000, quando ajudou com camisetas e bonés ao candidato Edinho Araújo, prefeito eleito de São José do Rio Preto.