Rio - Presidentes de sindicatos e associações e ex-jogadores consideraram absurda a discussão em torno da Lei Pelé, que a princípio entraria em vigor no dia 26 de março do ano que vem. Segundo eles, já houve bastante tempo para que todos os detalhes sobre a extinção da lei do passe fossem debatidos.
Wilson Piazza (presidente da Federação das Associações de Atletas Profissionais): "Voltar a discutir a lei seria uma falta de respeito com Pelé, que batalhou tanto por ela. Eu gostaria que os jogadores em atividade tivessem participado mais do debate, o que não aconteceu".
Palhinha (ex-jogador do Cruzeiro): "A lei tem de ser aprovada o quanto antes. Ela vai beneficiar os jogadores e acabar com a escravidão no futebol, dando liberdade aos jogadores para irem onde quiserem. A lei já foi mais do que discutida e tem que ser aprovada logo".
Roberto Dinamite (ex-jogador do Vasco): "Se for para melhorar a situação do jogador de futebol, sou favorável. Acho que a elaboração da lei será mais democrática se houver mais discussão a respeito dela".
Alfredo Sampaio (presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio de Janeiro): "Os dirigentes tiveram quase dez anos para discutir a lei, e nada foi feito. Agora querem dar esse golpe, o que é um absurdo. A coisa estão tão séria que a CBF tem declaradamente uma casa em Brasília para fazer lobby no Congresso. Estranhei a posição do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Almir Pazzianotto, de ser favorável à volta do debate sobre a Lei Pelé".
Reinaldo (ex-jogador do Atlético-MG): "A discussão tem que ser ampliada, não podendo ficar restrita ao Congresso. Sou presidente do clube Belo Horizonte e não fui comunicado de nada a respeito. A questão foi discutida em sindicatos? A lei precisa voltar a ser debatida".