Rio - O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais do Rio de Janeiro, Alfredo Sampaio, acredita em uma 'enxurrada' de ações contra os clubes reivindicando o pagamento de direitos de imagem retroativos, desde o início da década de 1990, após o acordo firmado entre os atletas e o Clube dos 13.
Há dois meses, a entidade que reúne os maiores clubes do Brasil e quatro sindicatos de jogadores estabeleceram que os atletas terão direito a 5% de qualquer contrato de venda de imagem. "Vão começar a surgir várias ações individuais de jogadores", afirmou Sampaio.
Ele explicou que até agora esses processos vinham sendo julgados junto com a ação do sindicato, que se arrastava desde 1987. "Agora, os jogadores poderão pedir o que acharem que é o seu direito sem problemas."
Sampaio informou que, no momento, existem 150 ações movidas por atletas com o auxílio do sindicato carioca, mas não sabe precisar quantos são relativos a direitos de imagem. O São Paulo por exemplo, já informou aos seus jogadores que pagará o valor devido nos últimos três anos. Antes disso, como informam os próprios atletas, o clube já pagava os direitos de imagem.
A partir do próximo ano, será dividido para cada estado uma parte dos contratos de competições em âmbito nacional. O Campeonato Brasileiro, por exemplo, rende aos clubes cerca de R$ 70 milhões. Ou seja, os jogadores teriam direito a R$ 3,5 milhões, que seriam divididos proporcionalmente por estado. "São Paulo, que conta com mais clubes, teria direito a uma parte maior."
Sobre o acordo, Sampaio disse que foi a melhor solução porque o processo ainda se arrastaria por mais seis anos. "Não é a oitava maravilha, mas pelo menos conseguimos resolver o problema daqui para frente", explicou. Além da entidade do Estado do Rio participaram do acordo os sindicatos paulista, mineiro e de Porto Alegre.