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CPI coloca PF atrás de Jimmy Martins
Quinta-feira, 07 Dezembro de 2000, 21h11

Brasília - Procura-se Jimmy Martins. Este empresário foi apontado nesta quinta-feira na CPI da Nike como a pessoa que providenciou passaportes portugueses falsos para os jogadores Jedaías Capucho (Jeda) e André Augusto Leone (Dedé). O presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), solicitou à Polícia Federal que o localize e traga para "depor sob vara".

Independente da presença de Martins, os deputados irão votar na próxima terça-feira a quebra de seu sigilo bancário. Assim como a de todos os que depuseram nesta quarta e responsabilizaram Martins pelos passaportes falsos. São eles: os ex-jogadores de futebol, Antônio de Oliveira Filho, o Careca, e Edmar Bernardes; o presidente do União São João Esporte Clube, José Mário Pavan; e o empresário Eliseu Oliveira (Tiroga).

"Eu pus a mão em R$ 100 mil, tive de repartir com um montão de gente e estou na CPI. Imagine se tivesse recebido meio milhão", desabafou Tiroga, ex-dono do passe de Jeda.

Na lista de pedidos de quebra de sigilo foi incluído ainda Bernardo Chlaem que tem o seu nome impresso no cartão de apresentação de Jimmy Martins, onde se identificam como agentes da Fifa. Ele também será convidado a depor.

O ex-jogador Careca contou ter sido procurado por Martins, quando voltou com o time que preside, o Campinas, da Copa Carnavale na Itália. Lá, o Clube de Vicenza interessou-se pelos passes de Jeda e Dedé, ambos cedidos pelo União São João e Primavera, respectivamente, para o Campinas participar do torneio. Os jogadores já tinham procuradores, mas Careca acabou aceitando "ajuda" de Martins que, por telefone, se propunha a conseguir com rapidez a emissão de passaporte comunitário para os jogadores descendentes de portugueses.

Pelo serviço, Careca fez um pagamento antecipado de R$ 45.770,00, que foram depositados na conta de Afonso Martins Costa Filho. Segundo o relator da CPI, deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), pelas informações que obteve, essa pessoa seria o irmão de Jimmy, que os deputados suspeitam que use também nome falso. Torres retirou de Careca, durante o depoimento, a informação de que o custo de cada passaporte que Jimmy conseguiria para Dedé e Jeda seria de US$ 24 mil.

Dedé foi repatriado quando descobriram que o seu passaporte era falso e agora tenta legalizar a sua situação provando ser descendente de italianos. A própria diretoria do Vicenza recomendou a ele entregar o documento que continha assinatura idêntica a do passaporte falso de outro jogador, o Warley. O jogador Jeda permaneceu na Itália e segundo contaram nesta quarta-feira ganha salário de US$ 6 mil, possui uma BMW e seu passe subiu para US$ 5 milhões.

Careca, sócio de Edmar no Campinas, disse que nada recebeu da venda de Jeda para o Vicenza, depois que estourou a história do passaporte falso. Apenas o presidente do União São João teria ganho a sua parte, de US$ 600 mil. Mas Pavan desmentiu o ex-jogador, garantindo que ele também havia recebido uma antecipação de US$ 250 mil.

Segundo Pavan, esse pagamento consta dos autos do processo que o Vicenza move contra os vendedores de Jeda para reaver parte do dinheiro investido. Pelo contrato de venda, o passe de Jeda valeria US$ 1 milhão, se ele entrasse como atleta comunitário, ou seja, tivesse passaporte de um país europeu. Mas o valor cairia para US$ 300 mil se fosse extracomunitário.

Por ter apresentado Jeda aos italianos, Careca embolsaria US$ 400 mil. Segundo ele, 20% desse valor teria de dividir com Máximo Briaschi, intermediário da negociação na Itália, e uma outra pessoa que ele não identificou. O ex-jogador poderá ser reconvocado a depor na CPI.

Agência Estado


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