Belo Horizonte - Depois do mal entendido de terça-feira, quando o Conselho Deliberativo do Atlético chegou a indeferir o registro da chapa “Novo Galo" para concorrer às eleições no clube devido a um erro de digitação, o candidato Manfredo Palhares promete movimentar ainda mais o pleito, marcado para o dia 14. O presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Kalil, confirmou na quinta a participação de três chapas na disputa.
Candidato que encabeça a chapa “O Futuro Chegou", Manfredo Palhares, acusa o atual presidente e candidato à reeleição, Nélio Brant, de nunca ter sido associado do clube antes de assumir o cargo maior dentro do clube, no início de 98, após a renúncia de Paulo Cury. Isso o impediria de ter assumido a presidência. “Ele nunca foi sócio, mas deram um jeito de presenteá-lo com uma cota do Vila Acqua Park, em janeiro de 98, para que ele pudesse assumir", denuncia.
Nélio Brant rebate a acusação. Ele explica que foi um dos primeiros a adquirir uma cota do Lagoa Tênis Clube, na Pampulha, em data que não soube informar, mas o clube acabou transferindo os associados para Vila Olímpica, Vila Acqua Park e Labareda, pertencentes ao Clube Atlético Mineiro. Sua admissão no Vila Acqua Park, conforme dados de sua ficha cadastral, foi aceita em 30 de janeiro de 1998 - a cota tem o número 013221.
O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Alexandre Kalil, recebeu ontem a correção do nome de um dos integrantes da chapa “Novo Galo", registrada em cartório no 7º Distrito, e anulou o pedido de indeferimento da chapa, encabeçada por Itamar Vasconcellos, na disputa das eleições para presidente do clube. Com isso, ficam confirmadas três chapas - concorrem ainda “União e Trabalho", que trabalha pela reeleição de Nélio Brant, e “O Futuro Chegou", do conselheiro Manfredo Palhares.
Alexandre Kalil esclareceu também que não passaram de “futricas" os comentários de que o Conselho Deliberativo indeferiria a candidatura de Manfredo Palhares à presidência do Atlético devido à informação de que o conselheiro estaria inadimplente há três anos. “O conselheiro está um degrau acima dos associados e não é obrigado a pagar mensalidade", explica.