O ex-técnico do Caxias, Adenor Bachi, mais conhecido como Tite, e o preparador físico Geraldo Delamore se mostraram inconformados com o que classificaram como desrespeito por parte dos dirigentes do clube. Eles não receberam os salários atrasados de outubro, ao contrário dos jogadores, e decidiram reivindicar seus direitos, mesmo não fazendo mais parte do quadro de funcionários.
Tite e Delamore foram até Rudimar Pontalti, integrante do colegiado que administra o Caxias, e reclamaram do fato de terem sido excluídos da lista de beneficiados pelo pagamento de atrasados aos atletas e membros da comissão técnica que ficaram. Para o técnico, o que faltou à diretoria foi respeito ao seu trabalho.
Outros jogadores estão descontentes com a conduta da presidência do clube. O cabeça-de-área Ivair e o zagueiro Emerson, que têm contrato até o final de 2001, receberam proposta de manutenção dos mesmos valores deste ano, e até de redução dos salários.
Ivair disse que, mantidos esses termos, não pretende permanecer. O mesmo caminho poderá ser seguido por Emerson. Os atletas ainda devem se reunir com a diretoria, mas o acerto parece distante, até mesmo porque eles já enfrentam uma série de problemas com atrasos nos salários e prêmios.
O preparador físico Geraldo Delamore, que deixou o Caxias em novembro depois de recusar uma proposta de redução salarial, lembrou que muitas vezes contornou a insatisfação dos atletas por causa do atraso de salários e premiações, e que esperava, no mínimo, um pouco mais de consideração por parte da direção do Caxias.
Pelas três temporadas no Centenário, Delamore tem a receber o salário de outubro, os prêmios pelas conquistas do Gauchão 2000 e da Copa Ênio Andrade em 1998 e bichos relativos a jogos do ano passado. Ele declarou que, por enquanto, não pretende recorrer à Justiça, priorizando uma saída diplomática.