São Paulo - Oswaldo Alvarez faz questão de dizer que não é um criador de apenas uma criatura. Que o 3-5-2 do Mogi-Mirim não é um companheiro inseparável em sua vida. Mas, como Ayala e Maldonado estão acostumados a isso...
Jornal da Tarde - Você vai lançar o carrossel tricolor?
Vadão - Não sou técnico apenas de um esquema. Fiz sucesso no Mogi com o 3-5-2 e no Atlético Paranaense com outro esquema. Vou receber os jogadores no dia 3 de janeiro. Vão começar os trabalhos físicos e só depois vou treinar. Depois, vou conversar com os jogadores para ver como montar o time.
Existe pouco tempo para optar por novidades.
Então será difícil o 3-5-2?
Não digo isso. O Ayala, no Paraguai, e o Maldonado, no Chile, estão acostumados a jogar nesse estilo. Não teriam problemas de adaptação. E, nesse esquema com três zagueiros, as falhas individuais aparecem menos, há mais colaboração entre os jogadores.
Você se sente constrangido em ser contratado para receber menos do que outros técnicos do mercado?
O São Paulo está muito contente com o que me paga e eu estou muito feliz com o que recebo do São Paulo.
Fernando César, o seu procurador, diz que você é um treinador que não precisa provar mais nada a ninguém. Você concorda com isso?
No futebol, é sempre preciso provar alguma coisa a cada dia. Não me sinto um técnico perfeito, mas em condições de fazer um bom trabalho. A Diretoria me contratou baseando-se no meu trabalho em toda a carreira e não no que aconteceu no Corinthians. Não tive culpa daquilo.
O que você acha de Luciano Ratinho, Cicinho e Júlio César.
O Luciano é um atacante muito rápido, de pouca estatura. Os outros dois são laterais, bons jogadores, mas preciso analisar melhor.
Você vai ensinar o Sandro Hiroshi a fazer gols?
Vou treinar com ele, melhorar os fundamentos, mas a sua evolução depende apenas dele.