São Paulo - A torcida palmeirense que, mesmo com a derrota, cantou o hino do clube e apoiou seus jogadores, tinha pelo menos dois motivos para comemorar: o lateral César pode vir para o Parque Antárctica e Claudecir, volante clássico, já veio. Basta acabar o campeonato. Eles mostraram neste sábado que podem dar um pouco mais de categoria a esse aguerrido time palmeirense.
Os dois foram os maiores responsáveis pela eliminação do clube que vão defender a partir de janeiro. "Tem que ser profissional. Não gosto de falar sobre o Palmeiras ainda. Sou jogador do São Caetano e não sei de nenhuma negociação", afirma César, autor do segundo gol, cobrando com categoria o pênalti de Fernando em Vágner. Ele, que há pouco tempo perdeu um pênalti, ainda na disputa do módulo amarelo, não mudou o jeito de bater.
"Bati como treino sempre e dessa vez, consegui acertar".
César comemorava mais do que a classificação. Estava feliz pela mudança de status de seu clube. "Agora, ninguém mais pode falar em zebra quando se tratar de São Caetano. Desde o começo falavam que a gente não iria em frente e fomos chegando. Eliminamos o Fluminense no Maracanã e agora o Palmeiras. Já mostramos mais de uma vez o nosso valor".
Pode não ser mais zebra, mas sapato alto é que não vai haver, garante César. "Não vamos mudar em nada o nosso estilo de jogo. Vamos continuar com humildade, com respeito ao adversário. Para mim, o Grêmio é um grande time e vamos ter a cabeça no lugar para jogar contra eles".
Claudecir foi o outro algoz do Palmeiras. Volante de habilidade, toca bem, não rifa a bola e ainda conseguiu fazer o São Caetano atacar. A partir de janeiro, repetirá no Palmeiras a dupla de volantes de tanto sucesso na série A-2 do campeonato paulista do ano passado. O time foi campeão, com 50 gols marcados e apenas dez sofridos.
"Ele é um jogador diferenciado, de alto nivel", afirma o técnico Jair picerni. Tímido, modesto, ele apenas agradece. "Deus está me abençoando nesse momento. E nós do São Caetano vamos continuar lutando muito”.