São Paulo - Rivaldo luta por um "bicampeonato" na competição de melhor jogador do mundo da Fifa, feito que apenas um brasileiro conseguiu desde que o prêmio foi instituído no início da década de 90: Ronaldo, em 1996 e 1997.
Mas a disputa do representante brasileiro contra Figo e Zidane promete não ser fácil, especialmente porque este ano o meia, apesar de boas apresentações no Barcelona, com gols salvadores em momentos decisivos, não conseguiu levar seu time a um título.
A situação do brasileiro piora quando o assunto é seleção brasileira. Nas Eliminatórias Sul-Americanas, Rivaldo não tem apresentado o mesmo bom futebol que o tornou fundamental na conquista da Copa América de 1999. Na última apresentação pela equipe, contra a Colômbia, no Morumbi, saiu vaiado pela torcida paulista e criticado pelo técnico Leão. Nos dias que antecederam ao jogo, o técnico da seleção brasileira disse que o considerava imprescindível por seu talento e qualidade técnica.
Mas a temporada não foi feita apenas de derrotas para o pernambucano Rivaldo Vito Borba Ferreira, nascido em 19 de abril de 1972. Nos bastidores, o jogador revelado pelo Mogi Mirim, e com passagens por Corinthians e Palmeiras antes da transferência para a Europa, conseguiu vitórias importantes. Com a eleição de Joan Gaspart para a presidência do Barcelona, Rivaldo se viu finalmente livre do técnico Louis Van Gaal, com quem vivia em permanente situação de conflito. Serra Ferrer assumiu, mas, como não vem conseguindo os mesmos resultados de seu antecessor, está ameaçado de perder o cargo.
Outra vitória importante Rivaldo conquistou no campo. Com a transferência de Luis Figo para o Real Madrid, a importância do jogador na equipe aumentou e ele vem correspondendo à responsabilidade de comandar o ataque da equipe. Kluivert, seu companheiro no time catalão, diz que o Barcelona atualmente é tão dependente de Rivaldo que só joga bem o brasileiro estiver em um bom dia.
Apesar de ser considerado uma "zebra" na eleição da Fifa, o currículo do meia brasileiro o credencia a sonhar com o "bicampeonato" como o melhor futebolista do ano. Aos 28 anos, Rivaldo orgulha-se de ter sido campeão paulista em 1994 e 1996 pelo Palmeiras, espanhol em 1998 e 1999 e da Copa do Rei, em 1998, pelo Barcelona, e da Copa América de 1999 pela seleção brasileira.