Rio - A CPI do Senado, que apura supostas irregularidades no futebol brasileiro, já possui elementos que comprovam que o esporte no Brasil vem sendo usado como meio de sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A informação foi dada por David Miodownik, assessor de imprensa do senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da CPI. David evitou porém, dar maiores informações sobre estes elementos que comprovam as irregularidades no futebol.
Nesta quarta-feira o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, comparece ao Senado para dar o último depoimento que a CPI vai tomar neste ano. Teixeira falará sobre o contrato de patrocínio firmado entre a CBF e a Nike e como funciona a entidade máxima do futebol brasileiro. Durante o depoimento, os senadores já estarão de posse das informações repassadas pelo Banco Central, decorrentes da quebra de sigilo bancário da CBF. David fez questão de lembrar que Teixeira não comparecerá ao Senado para ser julgado.
”O Ricardo Teixeira não vai sofrer um pré-julgamento na quarta-feira. Seu depoimento será de caráter elucidativo, para que os senadores possam saber como funciona a entidade máxima do futebol brasileiro”, afirmou David.
Depois do depoimento de Teixeira, os senadores começarão a elaborar a agenda de trabalhos para 2001, decidindo as futuras convocações de depoentes. No recomeço das atividades, em janeiro, serão ouvidos dirigentes de clubes e de federações.
A CPI do Senado tem até junho do próximo ano para colher todos os depoimentos que interessar para elaborar um relatório conclusivo sobre as investigações, que será entregue ao Ministério Público, em dezembro. De posse deste relatório, o órgão poderá tomar as medidas necessárias para solucionar os problemas encontrados pela CPI, inclusive abrir processo contra pessoas que tenham cometido irregularidades.