Rio - O presidente em exercício do América-RN, Jerônimo Melo, deixou o cargo na noite da última terça-feira, quando entregou sua carta-renúncia ao Conselho Deliberativo do clube. Nela, Jerônimo fez questão de salientar as dificuldades que enfrentou quando assumiu a presidência interina, uma vez que o titular, Pio Marinheiro, entrou em licença médica.
A falta de união dos dirigentes e as críticas sofridas foram apontadas como as principais razões para a crise política que se criou dentro do clube. O América-RN passa por uma grave crise financeira, deve vários meses de salários e responde a inúmeras ações trabalhistas, além de enfrentar problemas para montar uma equipe para a temporada de 2001.
A situação é caótica e uma nova eleição para presidente deve ser marcada para janeiro de 2001. Por enquanto, o comando do clube está nas mãos do presidente do Conselho Deliberativo, Manoel Pereira. Apesar das mudanças que ocorrerão no estatuto, que transformará o atual sistema numa espécie de parlamentarismo - no qual quem ditará as regras serão as comissões administrativas - existem rumores de que o conselheiro José Medeiros seria um forte candidato ao cargo.
Ao menos para tentar manter parte do elenco que disputou a última temporada, a comissão de futebol, integrada pelos dirigentes Eduardo Rocha e Rocha Silva, passou à tarde desta terça-feira negociando os salários atrasados dos jogadores que não haviam acertado com Jerônimo Melo. Apenas Carlos Mota, Rogerinho, Ailton e Romildo ainda não aceitaram a proposta e ficaram de estudar o parcelamento da dívida.