Rio - A revolta do presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella era notória. “O futebol brasileiro virou um grande circo e nós somos os palhaços que estão fazendo esse espetáculo. Enquanto Eurico Miranda estiver no futebol, dificilmente ele será moralizado", esbravejou Perrella.
Sobrou até para o Clube dos 13. “Isso mostrou a fragilidade do Clube dos 13, que não tem moral para fazer valer o que assina. A assinatura do Eurico Miranda e um risco na água é a mesma coisa", declarou o presidente do Cruzeiro.
Zezé Perrella lembrou ainda que, se os direitos dos jogadores do Vasco foram respeitados, os das demais equipes foram esquecidos. “Por causa do Vasco, os jogadores de Cruzeiro, Grêmio e São Caetano vão passar o Natal concentrados e não terão direito a férias", argumentou.
A posição da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, em não aceitar a marcação do jogo para hoje, revoltou ainda mais Zezé Perrella. “O Caixa D'água é pau-mandado do Eurico Miranda", definiu o presidente do Cruzeiro, que espera que os jogos contra o Vasco sejam amanhã, no Rio, e na terça-feira, no Mineirão.
Confusão - O técnico do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari, aproveitou a confusão em torno da data da partida contra o Vasco, pelas semifinais da Copa João Havelange, para voltar a falar da recusa em assumir o cargo de técnico da Seleção Brasileira. “Essa bagunça é que me fez não aceitar o convite para dirigir a Seleção Brasileira, e não o dinheiro, como ficaram falando", garantiu o treinador.
Scolari discorda que o Cruzeiro tenha feito o papel de bobo nessa confusão.
“Bobo é alguém que acha que é mais esperto que os outros", definiu. Sobre a posição do atacante Romário, que foi quem ficou à frente do pedido de liminar para adiar o jogo, o técnico do Cruzeiro disse que ele deveria ter tido a mesma postura nas outras ocasiões em que o Vasco jogou às terças e quintas-feiras.
Luiz Felipe já anunciou que, com o retardamento no início das férias dos jogadores, ele pretende usar uma equipe reserva nas primeiras rodadas da Copa Sul-Minas, no final de janeiro.