Porto Alegre - O presidente José Alberto Guerreiro jura que ainda não está pensando na Libertadores da América 2001. Ressalta a cada entrevista que as etapas precisam ser vencidas uma a uma até que a vaga na competição sul-americana seja assegurada, para o campeão e vice da Copa João Havelange. O Grêmio, porém, já começa a sondar o mercado em busca de reforços.
Ontem, o técnico Celso Roth afirmou que gostaria de contar com o colombiano Rincón, liberado há poucos dias pelo Santos para procurar um novo clube.
"Este é um jogador que me agrada", afirmou Roth, destacando que nenhum time pode prescindir de experiência em uma Libertadores.
Mas Rincón não é unanimidade. Alguns dirigentes lembram que o colombiano está permanentemente envolvido em conflitos com os companheiros de grupo. Além disso, trata-se de um jogador de salário muito alto, cuja contratação poderia gerar insatisfação junto ao restante do grupo.
O Grêmio trabalha em segredo. O objetivo é não desmobilizar o grupo, anunciando um reforço que poderia roubar a vaga de algum titular. Com saída prevista para 31 de dezembro, mesmo que a situação vença a eleição dia 18, o vice de futebol Antônio Vicente Martins mantém contatos com empresários e clubes, junto com o diretor executivo, Dênis Abrahão.
Guerreiro pensa nos lucros que a Libertadores poderá proporcionar ao clube, já vivendo uma situação confortável com a verba mensal da ISL. Na primeira fase, jogos disputados em casa rendem US$ 800 mil. A bilheteria vai para os cofres dos suíços.
O Grêmio retorna para Porto Alegre às 14h de hoje. Os jogadores farão um treino leve antes do início da concentração para a partida de domingo. As novas datas para os jogos finais ficaram em 27 e 30 de dezembro.