Jorge Nuno Pinto da Costa, diretor do Porto, criticou nesta segunda-feira a decisão da Federação Portuguesa de Futebol de reduzir o número máximo de jogadores não-comunitários por equipe no campeonato daquele país.
No último sábado, a entidade aprovou a mudança na lei, reduzindo o número de jogadores de fora da União Européia para quatro (antes eram seis). Destes, no entanto, somente dois poderão ser utilizados em cada partida.
“A Federação vai promover um retrocesso na história, colaborando para a deteriorização do futebol português”, disse Pinto da Costa.
As novas regras entrarão em vigor no início da próxima temporada. Em 2002, há a possibilidade do número de jogadores ser reduzido para dois, com apenas um podendo ser utilizado por partida. A Liga dos Clubes, uma entidade que representa os times da primeira divisão de Portugal, está estudando a viabilidade de entrar na Justiça contra a decisão da Federação.
“Portugal precisa ir bem nas competições da Uefa e essa decisão está nos colocando em desvantagem”, falou o dirigente do Porto.
Gilberto Madail, executivo da Federação Portuguesa, defendeu a iniciativa da entidade, dizendo que isso ajudará a desenvolver o futebol do país, pois valorizará os jovens talentos portugueses. Atualmente há cerca de 170 jogadores não-comunitários na primeira divisão em Portugal, sendo que muitos destes são brasileiros e se transferiram para a Europa com passaportes de dupla nacionalidade.