Rio - Em depoimento à CPI da Câmara, Dacildo
Mourão revelou que os árbitros da Comissão Nacional são obrigados por
Armando Marques a usar material esportivo da empresa Penalty. Ele contou
que, no início do ano, os árbitros não receberam o material para uso no
trabalho e que por isso tiveram que comprar o próprio material ou usar o de
1999.
Dacildo não considera ética esta atitude da Comissão, pois a Penalty
patrocina clubes de futebol e tem interesse nos resultados de jogos.
Alguns árbitros não usaram o material da Penalty neste ano, como
Márcio Rezende de Freitas, que em algumas partidas utilizou material da
Maref, empresa da qual é dono.
Dacildo também acusou Armando de discriminar árbitros nordestinos. “ Atualmente, só o pernambucano Wilson de Souza Mendonça pertence ao
quadro da Fifa e é nordestino. O Sidrack Marinho, de Sergipe, deixou o
quadro da Fifa e foi substitutído por um árbitro que não é nordestino, mesmo
tendo árbitros capazes no Nordeste”, afirmou Dacildo, que alegou que Armando
é grosseiro e não trata as pessoas como seres humanos.