Belo Horizonte - O atacante Guilherme se apresentou na quarta-feira para fazer os exames médicos, mas resolveu fazer greve de silêncio com a imprensa. Ele não deu entrevista e nem explicou o porque de sua atitude.

Acompanhado do irmão Júnior, Guilherme chegou à Clínica Baeta Vianna, local do exame ergométrico, com 35 minutos de atraso - estava marcado para às 14h15 -, dirigiu-se diretamente à recepção e não cumprimentou os outros pacientes que aguardavam o atendimento. A reportagem tentou uma entrevista, mas ele se negou a falar. Ao contrário do irmão que foi solícito.

Depois de esperar cerca de 15 minutos, Guilherme foi chamado para a sala de exames e, no instante em que entrava na outra sala, ele pediu a uma funcionária da clínica que não permitisse a presença do fotógrafo. Após a eliminação do Atlético nas copas Mercosul e João Havelange, o jogador foi alvo de reportagens sobre sua suposta participação em “noitadas", às quais estaria levando também outros companheiros, o que pode ter motivado a greve de silêncio.

Essa não é primeira vez que o atacante faz isso. Quando estava negociando a renovação de seu contrato, ele parou de falar com a imprensa, quando foi divulgado o quanto estava pedindo de salário para continuar no Atlético.

A diretoria do Atlético, através de sua assessoria de imprensa distribuiu ontem uma nota na qual afirma que algum de seus vice-presidentes, diretores eleitos e remunerados, ou mesmo o seu presidente, “jamais fizeram qualquer colocação sobre possível apoio ao Cruzeiro, nos seus jogos das semifinais pela Copa João Havelange. E que nenhum deles, em momento algum, teve qualquer contato com treinador Luiz Felipe Scolari". O treinador do Cruzeiro dera uma declaração dizendo ter viajado no mesmo vôo com um diretor do Atlético, para São Paulo, e que este havia lhe revelado que torceria para o time da Toca da Raposa na reta final da Copa JH.

Segundo a nota, até que Luiz Felipe Scolari torne público o nome deste possível diretor, a diretoria do Atlético considera como falsa a notícia.

O vice-presidente de futebol, Sérgio Coelho, ficou de depositar ontem à tarde os US$ 100 mil que o Atlético deve ainda do empréstimo Diego Capria. O pagamento foi adiado várias vezes e Daniel Lalin, dono do passe do jogador, ameaçou negociar o zagueiro argentino com o Universitário, do Peru. Existe o interesse também do Atlético/PR, Corinthians e Flamengo.

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