Fortaleza - O tenista número um do mundo ganhou além dos títulos, US$ 3,4 milhões - quase R$ 7 milhões pelos títulos de simples, e US$ 37 mil (R$ 74 mil) pelo torneio de duplas. Guga fechou o ano como líder do ranking de entradas, um fato inédito na história do tênis brasileiro. Agora o desafio será repetir o desempenho deste ano.
Repetir os resultados de uma temporada em que foi bicampeão do Torneio de Roland Garros, conquistou o seu primeiro título em quadras rápidas, em Indianápolis (EUA) e o terceiro de Masters Series, em Hamburgo (Alemanha), sem contar a vitória no Masters de Lisboa (Portugal), que decidiu a Corrida dos Campeões em seu favor e lhe deu a liderança do Ranking de Entradas pela primeira vez em sua carreira, fato também inédito na história do tênis brasileiro, não será fácil para Gustavo Kuerten.
O ano 2000 foi, sem dúvida, o ano de Guga. O tenista disputou, ao todo, 25 torneios, faturando US$ 3.403.098 (R$ 6.690.490) pelas partidas de simples, que lhe renderam cinco títulos, e outros US$ 37.662 (R$ 74.043,49) pelas de duplas, sendo campeão em uma única oportunidade. Para completar, derrotou, na mesma competição - o Masters de Lisboa - os americanos Andre Agassi e Pete Sampras, os russos Yewvgeny Kafelnikov e Marat Safin, o australiano Lleyton Hewitt, o espanhol Alex Corretja e o sueco Magnus Norman. Além dos cinco títulos de simples (em Roland Garros, Hamburgo, Indianápolis, Cincinnati e Lisboa), Guga foi vice-campeão por duas vezes, em Miami (EUA) e Roma (Itália); e chegou às semifinais em Cincinnati (EUA) e Paris (França). Nas duplas, Guga foi campeão em Santiago (China), ao lado de Antônio Pietro.
"Agora não dá mais para melhorar, então eu vou querer continuar onde estou, conquistando títulos que ainda não tenho, e o meu primeiro teste será logo no começo do ano, com o Australian Open", declarou o tenista.
O torneio australiano não traz boas lembranças ao brasileiro. Em três anos de participações, o máximo que conseguiu foi passar para a segunda rodada em 1998 e 99. Para tentar chegar pela primeira vez na carreira às quartas-de-final do primeiro Grand Slam do ano, o brasileiro está treinando em dois períodos na academia de seu técnico, Larri Passos, em Balneário Camboriú (SC), junto com os compatriotas Antônio Prieto e André Sá e com os israelenses Harel Levy, Noam Okum e Eial Erlich. Esta primeira fase de treinamentos vai até o dia 7, quando Guga e Larri embarcam para a Austrália.
Depois do Australian Open, que começa no dia 15 de janeiro, Guga joga a Copa Davis; a Copa AT&T, em Buenos Aires (Argentina); o ATP Tour de Acapulco (México); os Masters Series de Indian Wells e Miami, ambos nos EUA; as quartas-de-final da Davis, caso o Brasil avance na competição; os Masters Series de Monte Carlo (França), Roma (Itália) e Hamburgo (Alemanha), o torneio de Roland Garros (França) e, encerrando o primeiro semestre, o torneio de Wimbledon (Inglaterra).