Zero Hora – Quem comunicou sua saída?
Celso Roth - Foi o Dênis Abrahão. Falei com o presidente pela última vez após a partida contra o São Caetano.
ZH – Como você recebeu a notícia da saída?
Celso Roth - Mudou o comando do futebol e as pessoas que assumem têm filosofia diferente. Além disso, para que eu ficasse, seria necessário novo contrato, em termos de exigências quanto a reforços e até financeiramente.
ZH – O grupo era suficiente para chegar mais longe?
Celso Roth - Faltou material humano. Antes, seria anti-ético dizer isso, até porque o grupo não tem culpa. Mas criou-se uma expectativa muito forte. E falsa.
ZH - Faltou ataque?
Celso Roth - Não especifico a posição.
ZH – Há preconceito em relação ao seu trabalho?
Celso Roth - Não acredito. Apenas deixam de considerar algumas coisas evidentes. Por exemplo, tirei da lanterna um time que não era dos sonhos, como a imprensa dizia, e deixei entre os semifinalistas. Fizeram uma avaliação e disseram que eu estava entre os técnicos que haviam caído de cotação. E meu time ficou entre os quatro melhores na Copa João Havelange. Os técnicos que ficaram ao meu lado subiram de cotação. Fica difícil entender os critérios. Às vezes, falta respeito de parte de quem analisa.
ZH – Qual a sua opinião sobre Ronaldinho ?
Celso Roth - É um craque. É de Seleção Brasileira. Acima da média. É titular de qualquer seleção que se forme no mundo. Estão tentando inventar coisas. Não tive problemas com ele ou com qualquer outro jogador do grupo.
ZH – Você acredita que possa voltar ao Grêmio?
Celso Roth - É possível.