Porto Alegre - O Grêmio deve anunciar hoje, horas antes da posse da nova diretoria, um nome campeão para treinar o time na temporada de 2001. Adenor Bachi, o Tite, capaz de suplantar o estrelado e milionário elenco azul patrocinado pela ISL no Gauchão, é o mais perto de fechar com o clube. Nelsinho Batista, da Ponte Preta, disse ontem à Zero Hora que foi sondado.
Definida a comissão técnica, o vice de futebol José Otávio Germano e o diretor Luiz Eurico Vallandro sairão às compras em busca de um centroavante e um volante.
Tite passou o dia em Torres, no apartamento do sogro, com a esposa e os filhos. O prédio Debret, de classe média-alta, fica de frente para o mar. Para não passar o dia dando entrevistas, desligou o telefone celular. A campanha espetacular que fez no Caxias, com méritos, transformou Tite no grande treinador do Rio Grande do Sul em 2000.
Além do título inédito para o Caxias no Gauchão e a boa campanha no módulo amarelo (Série B) da Copa João Havelange, apesar do desmonte total do time, Tite é considerado especial no trato pessoal com os jogadores. É o que se convencionou chamar de homem-forte no vestiário.No Estádio Centenário, conseguiu manter os jogadores lutando pelo campeonato com união e raça incomuns, apesar dos constantes atrasos salariais.
Antes de Tite, o Grêmio alimenta o sonho de Nelsinho Baptista, da Ponte Preta. O empresário João Francisco ligou para o treinador, perguntando se havia chance de ele deixar Campinas. Nelsinho, entretanto, se recusou a deixar a Ponte antes do fim do contrato, em junho de 2001. Marco Aurélio e Ivo Wortmann também são opções.
Ontem, o vice-presidente de futebol José Otávio Germano passou o dia em Brasília, tratando de detalhes do seu afastamento do cargo de secretário-executivo do Ministério Nacional dos Esportes. À noite, esteve no Rio de Janeiro, onde Nelsinho Baptista passa férias, à espera do fim-de-ano. O diretor-executivo Dênis Abrahão também viajou ao Rio. O objetivo era tentar demover Nelsinho a ficar em Campinas.