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Casal 20 do judô se prepara para mundial
Sábado, 30 Dezembro de 2000, 14h07

São Paulo - Casal 20 do judô brasileiro, os santistas Andréa Berti e Alexsander Guedes estão entre os melhores judocas brasileiros do momento em suas categorias. Em 2001 eles darão um dos passos mais importantes em suas vidas. Vão se casar.

Mas como judocas de ponta e com grande experiência internacional, a prioridade até o meio do ano será o Mundial da modalidade, marcado para julho, na Alemanha.

Os dois, apesar de já estarem iniciando os preparativos do casamento, têm o judô como assunto principal e treinam, visando buscar medalhas para o Brasil. Para chegar ao Mundial terão, antes, de vencer a seletiva final, prevista para maio, no Rio de Janeiro. Na 1ª disputa, em dezembro, passaram com tranquilidade. Vontade, determinação e experiência, ambos têm de sobra. Em mais de 10 anos de viagens internacionais, eles conheceram boa parte do mundo - toda a Europa, Ásia, América do Norte. Países poucos conhecidos como Cazaquistão, Croácia.

Andréa (Unimonte/ Pinheiros/Prefeitura de Santos) e Alexsander (Unimonte/ Pinheiros/ Ortocenter/Estrela de Ouro) querem mostrar no Mundial que têm grande potencial e que a não participação na Olimpíada de Sydney, em 2000, foi um golpe de azar. Antes do Mundial, eles disputam uma das fases do Circuito Europeu, provavelmente a inicial (França, Áustria e Alemanha, em fevereiro), onde já estarão valendo pontos para o ranking que definirá as categorias nos Jogos Olímpicos de Atenas (Grécia), em 2004.

"Minhas expectativas para o Mundial são as melhores possíveis. Acredito que possa ir muito bem e até lutar por medalhas", afirma Alexsander, que está com 27 anos de idade e luta na categoria meio médio (até 81 quilos). "Em 2000, fiz uma preparação excepcional, inclusive com um estágio de três semanas no Japão, visado Sydney, mas uma contusão na seletiva acabou com as minhas chances. Espero aproveitar este aprendizado neste mundial", acrescenta o judoca, que era considerado um dos grandes cotados para integrar a seleção brasileira em Sydney.

Garantiu a classificação logo na 1ª seletiva e fez parte do grupo que a Confederação Brasileira formou para uma super preparação para as olimpíadas. Viajou para o Circuito Europeu, onde garantiu uma medalha de prata na etapa de Berlim (Alemanha), e teve seu ponto alto em abril, quando treinou no Japão. "Conhecemos ídolos nossos, que só víamos em fitas de vídeo, e estivemos no Instituto Kodokam e na Universidade de Nitaidai, em Tokyo. São estruturas incríveis. Sempre tive vontade de conhecer. Lá tudo é voltado para o judô. No Kodokam são seis andares só para o nosso esporte", conta Alexsander.

Além do estágio na maior potência mundial do judô, Alex teve várias experiências. Foi prata em Berlim e 5º lugar na etapa do Europeu em Budapeste (Hungria) e ainda fez pódios em dois torneios muito fortes na Itália, sendo bronze no Guido Sieni e novamente prata no Tretorri. Depois de toda a preparação, ele chegou na seletiva final, em julho, muito bem preparado, mas por infelicidade machucou o braço direito logo na 1ª lugar.

"Perdi a flexão do cotovelo e dos dedos. Não podia entrar o golpe e perdi para atletas que sempre venci. Fui até o final, mas sabia que não tinha condições. Foi uma decepção muito grande. Foram quatro anos treinando, pensando nas olimpíadas. Sabia que tinha condições totais de estar em Sydney. Fui bem em campeonatos super difíceis, que só perdem para o mundial ou olimpíada. Larguei o quartel (era tenente no 2º Batalhão de Caçadores) para me concentrar totalmente", destaca o atleta.

"Agora é pensar para frente e tentar uma medalha", diz Alexsander, que tem no currículo o título no Mundial das Forças Armadas, na Croácia, em 99, o tricampeonato brasileiro. "Também vou tentar uma medalha no Mundial Universitário. Será o meu último ano e espero melhorar a minha performance", completa o judoca, que foi 5º colocado em 95, no Japão e 97, no Canadá, e ficou em 7º lugar em 99, em Palma de Mallorca.

Uma das mais experientes e técnicas atletas brasileiras, Andréa conta com a vantagem de ter na bagagem três olimpíadas -Barcelona, em 92, Atlanta, em 96, e Sydney (como reserva), em 2000. Assim como Alexsander, Andréa teve uma grande decepção em 2000. Depois de duas olimpíadas, ela era a grande cotada, mas logo na seletiva inicial não ficou entre as duas primeiras e teve de ir para a repescagem.

Garantiu a sua participação na etapa final. Mas antes de chegar na decisão pela vaga para Sydney foi chamada, por seu alto índice técnico, para treinar no Japão. "Foi ótimo, porque estávamos no Japão só para treinar. Então, pudemos aprender, assimilar muito", ressalta Andréa, que também está com 27 anos de idade e luta na categoria ligeiro (até 48 quilos).

De volta ao Brasil, Andréa disputou a seletiva. Venceu no 1º dia, mas foi derrotada no dia seguinte. E foi para os Jogos como reserva. "Seletiva é uma coisa ingrata. Você se prepara o ano todo, luta bem em todas as competições, mas se der azar naquele dia, perde toda uma preparação de quatro anos", comenta Andréa, que na Austrália, em Camberra, teve um papel importante.

"Fiquei muito chateada, porque eu fui titular da seleção por 10 anos seguidos e, principalmente, por estar me achando muito bem física e tecnicamente. Mas sabia que a minha principal função lá era passar a minha vivência, ajudar a nova geração. Eu era a mais experiente do grupo. Tive de ser forte para apoiar", recorda.

Andréa busca o seu quarto mundial (disputou as edições de 93, no Canadá, 95, no Japão, e 97, na França) e está motivada. "Vou com toda a garra do mundo. Tenho compromisso com os meus patrocinadores e quero mostrar que estou muito bem preparada", afirma a judoca, que tem no currículo cinco títulos nacionais, seis paulistas, o bronze no Pan-Americano de Mar Del Plata (Argentina), em 95, o tricampeonato nos Jogos Sul-Americanos, além do 5º lugar por equipes no Mundial da Bielorússia.

Redação Terra


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