Rio - Antônio Soares Calçada, presidente do Vasco, disse nesta terça-feira à rádio Brasil, do Rio de Janeiro, que não gostou das declarações de Edmundo dos Santos Silva, presidente do Flamengo, de que faria o possível para o Vasco ser punido e o São Caetano ser considerado campeão da Copa João Havelange.
O dirigente também afirmou que existe preocupação em responsabilizar o clube pelos incidentes ocorridos no sábado passado, em São Januário.
"Infelizmente, ninguém está se preocupando com as vítimas. Noto apenas que as pessoas estão preocupadas em culpar e punir o Vasco. A ponto de o presidente do Flamengo ter declarado que vai fazer tudo para o São Caetano ser considerado o vencedor. Ele precisa pensar no Flamengo e nos problemas do clube que preside", declarou Calçada.
O presidente do Vasco desmentiu o governador Antony Garotinho. "Quando nos ofereceram o Maracanã, o Vasco não estava ainda classificado para o final. Como poderíamos, então, nos pronunciar? Quando eliminamos o Cruzeiro e conseguimos a classificação para a decisão, o Maracanã já estava em obras. Onde, então, colocaríamos Vasco x São Caetano? Além do Maracanã, só existe um bom estádio no Rio, o do Vasco."
Antônio Soares Calçada afirmou que nenhum dirigente do Vasco forçou para que o jogo prosseguisse após a queda da grave, que resultou em vários torcedores feridos. "O pessoal do São Caetano é quem queria que o jogo prosseguisse. O árbitro também queria que o jogo continuasse. Nenhum dirigente do Vasco forçou nada. Mas acho que houve acerto em não continuar a partida. Felizmente, não houve mortos. Isto é o que vale."
O presidente do Vasco disse que não houve venda de ingressos além da capacidade do Estádio de São Januário.
"Calculo que havia cerca de 25 mil pessoas no sábado, em São Januário. Além disso, muitas crianças, que tomaram lugar de alguns adultos."
Apesar de considerar que a diretoria do Vasco não teve nenhuma culpa, Calçada afirmou que o clube vai investir ainda mais na segurança no Estádio de São Januário.