Rio - Parece que a situação do presidente do Vasco, Eurico Miranda, está cada vez mais complicada. A Sportpromotion e a Comissão Disciplinar da Copa João Havelange se reúnem na próxima segunda–feira para decidir quem será o clube campeão da Copa JH e o São Caetano ganhou mais uma prova viva das irregularidades que causaram a interrupção da partida em São Januário.
Trata-se do empresário José Etore Rigotti, que alega ter entrado no estádio do Vasco no último sábado sem inserir o cartão magnético na roleta. “Tenho a prova do crime nas mãos. Nem precisei do cartão. Muita gente entrou sem ingresso no estádio de São Januário. Outros entraram nas cadeiras numeradas com cartão de arquibancada”, disse Rigotti, dono de uma loja de materiais esportivos em São Caetano.
Segundo Rigotti, houve superlotação no estádio vascaíno. “Tinha muito mais gente do que o estádio comporta. Foi um ato desumano e mercenário”, disse.
Mas essa não foi a única irregularidade observada por Rigotti. “Eu estava com um grupo de 40 torcedores do São Caetano e entramos no estádio tranqüilamente. Não houve nem revista. Quem quisesse levar bombas ou armas poderia entrar normalmente em São Januário”, revelou o empresário, que teve que viajar de avião junto com outros torcedores do São Caetano para assistir ao jogo.
A diretoria vascaína não reservou nenhum ingresso para a torcida do Azulão. “Liguei para o Nairo (presidente do São Caetano) e pedi para ele comprar ingressos de cambistas”, lembra Rigotti.
Alguns membros da comissão técnica do São Caetano não puderam presenciar a tragédia de São Januário. É que os seguranças do Vasco prenderam o roupeiro, o massagista, os seguranças, o fisioterapeuta e o assessor de imprensa do São Caetano. “Foi uma falta de respeito. Os seguranças do Vasco nos trancaram nos vestiários faltando cinco minutos para o começo do jogo. Pedimos para eles abrirem a porta, mas eles disseram que estavam obedecendo ordens”, disse o assessor de imprensa do São Caetano, Primo Ribeiro.
“Os jogadores não puderam sequer fazer o aquecimento no gramado. O trabalho foi feito nos vestiários”, completou Primo.