Rio - O presidente do Barcelona de Guayaquil, do
Equador, Miguel Palacios, ficou ferido após sofrer um atentado na manhã
desta quinta-feira. O dirigente recebeu dois tiros, um no braço esquerdo e
outro que passou de raspão pela sua cabeça. Os disparos foram feitos por um
homem que estava num veículo.
Palacios caminhava rumo ao seu local de
trabalho quando foi abordado. Um dos homens abriu a porta do veículo e
atirou contra o dirigente, que se abaixou para se defender.
Depois do atentado, Palacios foi socorrido numa clínica particular e recebeu
atendimento do chefe do departamento médico do Barcelona, Bosco Mendoza. O
dirigente já não corre mais risco de vida.
Em entrevista a emissora de rádio de Guayaquil, Mendoza disse que o atentado
foi feito com o objetivo de matar Palacios, pois o atirador fez os disparos
à queima-roupa. O médico disse que não tem nenhuma pista do autor do
atentado.
"Sem dúvida que a intenção era matar o Palacios, pois pela forma de atirar
o criminoso deixou isso bem claro. Ainda não sabemos quem pode ter feito uma
coisa dessas", afirmou Mendoza.
A polícia de Guayaquil ainda não divulgou comunicado oficial sobre o caso.
Mas sabe-se apenas que Palacios está envolvido numa disputa pela presidência
do Barcelona com um grupo de oposição liderado por Leonardo Bohrer. A
Federação Equatoriana de Futebol estava julgando a disputa entre Palacios e
Bohrer. Há duas semanas, Palacios denunciou que foi ameaçado de morte em
cartas anônimas entregues a jornalistas. Na ocasião o dirigente garantiu
conhecer o autor das cartas.
Para esta quinta-feira estava programado um congresso entre clubes e
federações para se definir o calendário do futebol equatoriano para o
próximo ano. Também seria assinado na reunião um termo de censura a qualquer
tipo de violência nos estádios.