Rio - Depois do atacante argentino Martín Palermo, do
Boca Juniors, ter sido detido por agredir um fotógrafo numa boate de Punta
del Este, onde está passando suas férias, foi a vez do empresário do
jogador, Gustavo Mascardi, envolver-se numa briga no famoso balneário
uruguaio. O incidente aconteceu no último sábado, mas só veio à tona no
domingo, quando Palermo foi liberado pela polícia.
Mascardi desentendeu-se com seu compatriota Marcelo Open, advogado do
técnico da seleção do Uruguai, Daniel Passarella. Os dois, que já
trabalharam em sociedade na compra e venda de jogadores, quando Passarella
dirigia a equipe da Argentina, encontraram-se num restaurante freqüentado
por ricos e famosos no bairro de Manantiales. Segundo o diário esportivo
Olé, de Buenos Aires, a briga começou assim que Mascardi percebeu a presença
do ex-sócio, a quem passou a insultar por causa de uma antiga dívida. Não
demorou muito para que passassem a trocar socos e pontapés, rolando pelo
chão, até serem separados por funcionários do restaurante. Apesar da
violência, não houve denúncia policial, já que nenhum dos envolvidos
machucou-se seriamente - o saldo, para ambos, foi de apenas alguns arranhões
no rosto.
Além de empresariar Palermo, Mascardi também é representante de outros
astros do futebol argentino e é dono de parte dos passes de alguns atletas,
como o goleador colombiano Juan Pablo Angel. Open foi o responsável pela
transferência do zagueiro Nelson Vivas, do Boca Juniors, para o Lugano, da
suíça, em 1997.
A negociação, feita na época em que ainda era sócio de
Mascardi, levantou suspeitas da diretoria do clube argentino, que o acusou
de ter embolsado uma porcentagem maior do que deveria. O advogado respondeu
com um processo, no qual reivindicava uma comissão pela venda do jogador.