Por Alexandre Rodrigues
Porto Alegre – Os sindicatos dos jogadores de São Paulo e Rio de Janeiro estudam uma medida conjunta para proibir a realização da partida entre Vasco e São Caetano no próximo dia 18, conforme determinou o Clube dos 13 nesta segunda-feira.
O argumento do sindicatos é de que os clubes não respeitaram o período de férias dos jogadores. Os atletas só foram dispensados depois da primeira partida, em 30 de dezembro. Os representantes dos atletas querem que eles tenham 30 dias de folga. Assim, novo jogo só poderia ser marcado para fevereiro.
O presidente do Sindicato do Atletas de Futebol
Profissional do Rio de Janeiro (Saferj), Alfredo Sampaio, se adiantou à manobra conjunta e prometeu acionar o
Ministério Público para apresentar uma denúncia ao Ministério do Trabalho
caso o STJD confirme que Vasco e São Caetano tenham que disputar uma
nova partida.
“Concordo que, pelo aspecto moral, o certo é que seja marcado outro jogo, e
não que o título seja dividido ou decidido nos tribunais. Mas, se marcarem
este jogo para a data que está sendo especulada entraremos com uma liminar,
independente de como os jogadores se posicionarem a respeito”, declarou o
presidente.
Alfredo Sampaio foi protagonista de uma polêmica recente, quando transferiu
o jogo entre Vasco e Cruzeiro, pelas semifinais da Copa JH, amparado pela
lei que garantia um intervalo mínimo de 66 horas entre duas partidas. Na
ocasião, o Vasco havia jogado dois dias antes, contra o Palmeiras, pela Copa
Mercosul.
O presidente do Sindicato do Rio, no entanto, disse que os
jogadores poderão fazer um acordo com seus clubes para que as férias sejam
divididas.