Rio - O presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Rio (Saferj), Alfredo Sampaio, vai esperar pela decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na noite desta terça-feira, para acionar o Ministério Público com a intenção de impedir a realização de uma nova partida entre Vasco e São Caetano, pela final da Copa João Havelange.
Caso o presidente do STJD, Luís Zveiter, confirme a decisão do Clube dos 13, Sampaio argumentará na Justiça do Trabalho que os jogadores dos dois times não podem ter suas férias interrompidas.
"Esta medida é para tentar dar mais um pouco de consciência aos dirigentes. Além disto, mostrará que o Saferj não atende apenas a interesses pessoais, como chegou a ser comentado na época da partida entre Vasco e !Cruzeiro!", disse Sampaio.
O presidente do Saferj espera ter no MP o mesmo sucesso obtido ao conseguir adiar o confronto entre Vasco e Cruzeiro, pelas semifinais da Copa JH, no mês passado. Por intermédio de uma liminar, ele conseguiu mudar a data do jogo do dia 21 (quinta-feira) para o dia 23 (sábado), sob alegação de que os jogadores do clube carioca, que haviam enfrentado o Palmeiras, pela final da Copa Mercosul, dois dias antes, não haviam tido o descanso de 66 horas previsto na lei.
A decisão do Saferj de entrar na Justiça para impedir a realização de um novo jogo entre Vasco e São Caetano ainda neste mês, encontrou apoio em São Paulo.
"Se o STJD decidir pela realização do terceiro jogo iremos entrar na Justiça para fazer valer o direito dos jogadores. Esse jogo só poderá acontecer nos primeiros dias de fevereiro. O Sindicato do Rio de Janeiro já conseguiu adiar a partida entre Vasco e Cruzeiro e agora não será diferente", disse o presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional de São Paulo, Reinaldo Martorelli.