Águas de Lindóia - A diretoria do Santos emitiu ontem um comunicado oficial explicando que existe mesmo uma suspeita de irregularidade na documentação do zagueiro Preto. Em contrapartida, a mesma nota informa que a situação do também zagueiro André Luís é normal, como de todos os outros jogadores das categorias sub-15, 17 e 20.
O presidente Marcelo Teixeira explicou que existe apenas uma suspeita da diretoria, no que se refere a Preto. Mas que isso não significa, ainda, que ele seja gato.
”O caso exige uma averiguação maior”, explicou Teixeira.
O presidente do Santos disse que a suspeita foi levantada, principalmente, por causa da demora do cartório que emitiu a certidão de nascimento do jogador.
”Estamos tentando contato com o cartório de onde o jogador nasceu, no Maranhão, mas como está demorando achamos que existe a possibilidade de essa certidão não conter dados concretos. Mas é apenas uma possibilidade”, reiterou o dirigente santista.
De acordo com o presidente do Peixe, pode até ser que o jogador tenha menos idade do que a certidão aponta. Um gato às avessas.
”É bem possível que ele ainda seja mais novo. Só o que sabemos é que o documento pode conter alguns dados que não são verdadeiros”, disse o cartola.
Em outra nota oficial, o clube explica que Preto foi afastado da Taça São Paulo de Júniores preventivamente. Um dos trechos do comunicado diz que "...diante da situação, o clube decidiu retirá-lo da disputa da Copa São Paulo até que seja feita uma rigorosa checagem..." e contradiz o discurso do diretor do Departamento de Futebol Amador, Paulo Mayeda. Ele afirmou que a liberação do jogador atendia a um pedido do técnico Geninho e nada tinha a ver com o indício de falsificação nos documentos.
Geninho confirmou a história e disse que pediu o jogador porque precisa de um zagueiro. O técnico até brincou com o caso.
”Vai ver que é por isso que quando eu pedi o Preto eles nem chiaram”, afirmou o treinador, rindo.