São Paulo – Após ocupar a ponta da categoria geral de caminhões, o piloto brasileiro André Azevedo praticamente deu adeus ao título da competição durante a etapa mais difícil da prova, nesta quarta-feira. Foi penalizado em 20 horas.
No trecho entre El Ghallaouiya e Atar, na Mauritânia, ele deixou de passar em dois postos de controle dentro do percurso cronometrado e foi penalizado em 20 horas (10 horas cada um). Ou seja, para vencer, precisaria chegar 20 horas na frente do segundo colocado.
A especial desta quarta-feira teve 440 quilômetros no total, sendo 435 contra o relógio. E os postos de controle são instalados no meio do caminho do rali justamente para evitar que os pilotos cortem caminho. Nesta parada, uma pessoa da organização carimba um cartão em poder dos pilotos de carros, motos e caminhões, comprovando que não pegaram um atalho.
"No dia anterior, caí de bico em duas dunas e ali deve ter quebrado a tração dianteira de uma das rodas. Mas só percebi hoje quando entrei na areia. Se fizéssemos toda a etapa do dia, com certeza íamos ficar perdidos no meio do deserto. Afinal, sem tração é praticamente impossível atravessá-lo", disse Azevedo. A opção de cortar caminho, mesmo sendo penalizado, era a única estratégia de Azevedo para continuar na prova. "Precisávamos chegar ao acampamento e tentar fazer o conserto. Mas não será fácil", contou o brasileiro.
Klever Kolberg também penou na Mauritânia. Ele ficou pelo menos meia hora parado improvisando uma nova mangueira do turbo do seu carro. "Sem contar o tempo perdido por andar devagar. Mas o que interessa é que terminei o trecho do dia e estou pronto para seguir em frente", disse.
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