Brasília - O presidente eleito do Vasco, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), entrou ontem em contradição em depoimento à CPI da Nike na Câmara, ao ser questionado sobre o número de torcedores presentes no Estádio São Januário para o jogo Vasco e São Caetano. Ele também retomou os ataques ao governador do Rio, Anthony Garotinho (sem partido), e desafiou a Câmara a processá-lo por quebra de decoro parlamentar por causa das críticas ao governador. “Se o que eu disse é quebrar o decoro, poucos (parlamentares) restarão nesta Casa e principalmente na outra (Senado)", disse Eurico.
Ao responder à acusação de que o São Januário estava superlotado, Eurico afirmou que cerca de 40 mil pessoas assistiam à partida. Mas, logo em seguida, disse que poderiam estar presentes cerca de 36 mil. A capacidade do Estádio é de 35 mil pessoas, mas, segundo Eurico, ele comporta até 40 mil. O deputado recusou a proposta feita pelo deputado Geraldo Magela (PT-DF) para que peça licença da CPI pelo fato de os incidentes ocorridos no São Januário estarem sendo investigados pela polícia.
Eurico afirmou que Garotinho tomou uma atitude “demagógica" ao decidir pela suspensão do jogo influenciado pela Rede Globo. O dirigente do Vasco também voltou a atacar a Rede Globo dizendo que a emissora fez uma edição das gravações do jogo para incriminá-lo. As cenas exibidas pela Globo mostram que o deputado pediu para a retirada imediata dos feridos para que a partida recomeçasse. No final do depoimento, o deputado Geraldo Magela (PT-DF), pediu o afastamento de Eurico Miranda da CPI.
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